Este ensaio propõe que haveria em Spinoza elementos para pensar uma estética da produção e questiona o privilégio quase absoluto das estéticas da recepção na atualidade. O texto defende que um retorno ao spinozismo, portanto a um momento anterior ao da fundação da estética como disciplina filosófica autônoma, pode ajudar a superar algumas das aporias da estética na contemporaneidade, tais como a que envolve a definição de arte e os limites e tarefas da crÃtica.
This paper claims that there are elements in Spinoza which point towards the possibility of an aesthetics of production which challenges the major role played by aesthetics of reception in contemporary thinking. It is suggested that a return to Spinozism, hence to a moment prior to the foundation of aesthetics as an autonomous branch of philosophical investigation, may help solve a few problems in contemporary aesthetics, such as the definition of art and the role and limits of art criticism.