Em 1982 o escritor, psicanalista e dramaturgo belga Henry Bauchau Bauchau dá uma série de conferências sobre Arte e Psicanálise na Universidade Paris VII. Seu livro L’enfant bleu conta a história de Orion, jovem psicótico que, com o auxílio da psicanalista Véronique, descobre na arte uma forma de lidar com seus sintomas. Foi revelado depois que o artista Lionel, um antigo paciente, inspirou o livro. Há proximidades entre o trabalho de Véronique/Baucahu e o da psiquiatra Nise da Silveira no Brasil dos anos 1940. Nos dois casos, teme-se os efeitos iatrogênicos do modelo asilar e da camisa de força química. Busca-se, então, uma forma alternativa de “cura”, um tratamento pela palavra e pela arte, onde importa mais o “cuidado de si”, o fortalecimento do “eu” e o encontrar um lugar no mundo do que a busca de uma “normalidade absoluta”. Este artigo explora proximidades e diferenças entre as duas propostas.
In 1982, the Belgian writer, psychoanalyst and playwright Henry Bauchau Bauchau gives a series of lectures on Art and Psychoanalysis at the University Paris VII. His book L’enfant bleu tells the story of Orion, a young psychotic who, with the help of psychoanalyst Véronique, discovers in art a way to deal with his symptoms. The artist Lionel, a former patient, inspired the book.There are proximities between the works of Véronique/Bauchau and psychiatrist Nise of Silveira in Brazil in the 1940s. They both fear the iatrogenic effects of the asylum model and the chemical straitjacket. In both cases, an alternative form of “cure” is sought, a treatment by word and art. In this treatment it is more important to “care for oneself ”, the strengthening of the “I” and finding a place in the world than the search for an “absolute normality”. This article explores proximities and differences between the proposals.
En 1982, el escritor, psicoanalista y dramaturgo belga Henry Bauchau da conferencias sobre Arte y Psicoanálisis en la Universidad París VII. Su libro L’enfant bleu cuenta la historia de Orión, joven psicótico que, con la ayuda de la psicoanalista Véronique, descubre en el arte una forma de lidiar con sus síntomas. El artista Lionel, un antiguo paciente, inspirara el libro.Hay proximidades entre los trabajos de Véronique/Baucahu y de la psiquiatra Nise da Silveira en Brasil en la década de 1940. En ambos casos, se temen los efectos iatrogénicos del modelo de asilo y la camisa de fuerza química, se busca una forma alternativa de «cura», un tratamiento basado en palabras y arte, donde «cuidar de uno mismo», fortalecer el «yo» y encontrar un lugar en el mundo es más importante que la búsqueda de una «normalidad absoluta». Este artículo explora la proximidades y las diferencias entre las dos propuestas.