Busca-se com o presente artigo apresentar uma proposta estética e ética de intervenção na prática
em sala de aula no âmbito das aulas de arte para a educação básica, tendo em vista a formação
antirracista preconizada na lei 10.639/03. Metodologicamente, trata-se de pesquisa qualitativa, de
caráter bibliográfico. Assim, primeiramente trouxemos uma reflexão acerca do impacto do racismo
na vida de mulheres negras brasileiras, sobretudo no período da pandemia de covid-19. Tal reflexão
demandou estudos acerca de gênero, etnia e classe. Num segundo momento, em contraposição
ao contexto racista apresentado, recorremos à tese de Almeida (2018), cujo objetivo cerne constitui
dar visibilidade às mulheres quilombolas, seus modos femininos de fazer política, especialmente a
dimensão antirracista dessas ações. Tal estudo fez-se imprescindível ao nosso trabalho, uma vez
que descreve experiências que extrapolam a reivindicação territorial por meio de ações, sobretudo,
no campo da educação e da formação política. A nosso juízo, deste modo, contribuímos com a for-
mação de professores de Arte comprometida com a Lei 10.639/03.