Este artigo relata e analisa uma experiência de acesso de trabalhadores rurais a terra, realizado no Departamento de Paysandú, Uruguai, em uma área do Instituto Nacional de Colonização. Em uma fração de 48 hectares, um grupo de trabalhadores citrícolas autogestionou cooperativamente um empreendimento produtivo diversificado, com a colaboração técnica de um engenheiro agrônomo e um psicólogo social. Através da metodologia de sistematização de experiências, estas foram reconstruídas historicamente e analisadas de modo crítico com base em uma delimitação de dois eixos: a) o projeto sócioprodutivo e a produção efetiva; b) devires da organização cooperativa de trabalho. Além das características e do desempenho do grupo envolvido, considera-se que a vulnerabilidade social dos seus membros, a trajetória precarizada de trabalho e como eles operaram a resistência à mudança foram os elementos que condicionaram a inviabilidade produtiva da experiência. Como considerações finais são apresentadas as aprendizagens emergentes de acompanhamento técnico como uma forma de colaborar na promoção de projetos dirigidos ao desenvolvimento rural e da soberania alimentar.
En este trabajo se relata y analiza una experiencia de acceso a la tierra de asalariados rurales llevada adelante en el Departamento de Paysandú, Uruguay, en un predio del Instituto Nacional de Colonización. En una fracción de 48 hectáreas, un colectivo de trabajadores citrícolas autogestionó de forma cooperativa un emprendimiento productivo diversificado, con la colaboración técnica de un ingeniero agrónomo y un psicólogo social. A través de la metodología de la sistematización de experiencias se la reconstruye históricamente y se lo analiza de forma crítica en base a la delimitación de dos ejes: a) el proyecto socio productivo y la producción efectiva; y b) los devenires de la organización cooperativa del trabajo. Además de las características y funcionamiento del colectivo involucrado, se considera que la vulnerabilidad social de sus integrantes, la trayectoria laboral precarizada y el modo en que operaron las resistencias al cambio, fueron los elementos que condicionaron la inviabilidad productiva de la experiencia. A modo de consideraciones finales se presentan los aprendizajes emergentes del acompañamiento técnico, como forma de colaborar en la promoción de emprendimientos orientados al desarrollo rural y la soberanía alimentaria.