As reflexões apresentadas neste artigo resultam da pesquisa que venho desenvolvendo nos
últimos anos, que aborda a trajetória de brasileiros, de diferentes provÃncias, que em solo lusitano
lutaram contra o regime instalado com a subida de D. Miguel I ao trono português, em 1828. O
entendimento da atuação dessas personagens só é possÃvel a partir da abordagem da história e da
historiografia sobre as relações entre Brasil e Portugal, nos anos que se seguem à independência
do Brasil. Entre as categorias e conceitos eleitos como fi o condutor da análise, o primeiro a
ser tratado é o de Império luso-brasileiro, relacionado à categoria do absolutismo monárquico.
Considerando os principais antagonistas, D. Pedro I e D. Miguel, e seus respectivos grupos de
apoio, pretendeu-se discutir os diversos alinhamentos em torno da manutenção ou não do referido
Império. A segunda parte do artigo trata do tema das mobilizações populares, principalmente as
regressistas, nos dois contextos, à luz dos conceitos de contrarrevolução e restauração.