este artigo constitui-se de reflexões em torno do trágico no romance Luzia-Homem de Domingos OlÃmpio, notadamente no que se refere à androginia e ao amor. O trágico será refletido a partir das condições clássicas e das circunstâncias artÃsticas da modernidade, tomando como maior referencial a tragédia na condição em que se instaurou na Grécia antiga e na contingência de sua morte. Como o choque subjacente à s condições artÃsticas repete-se no choque constitutivo do núcleo de ação dramática da narrativa O Nascimento da tragédia de Nietzsche se mostrou fundamentação teórica fundamental, na medida em que estabelece a dinâmica do trágico que está no dionisÃaco e no apolÃneo. Tratamos de acentuar a diferença de razão e racionalismo, por meio de uma reflexão do pensamento dialético. O trágico está, em Luzia-Homem, o tornar-se homem, bem como na superação desta condição, no resgate do ser. O trágico implica afastamento e retorno à condição mÃtica.