A economia colonial brasileira, que perduraria até a República, de há muito se revelara superior à da Metrópole, mas pelos erros dessa, não conseguira submergir ao fluxo do capital estrangeiro, cuja prioridade, desde a dinastia bragantina, estava com os interesses ingleses, que nunca permitiram a nossa industrialização, e aqui encontraram operoso mercado para seus produtos, de baixo preço, dado às vantagens fiscais e excelente qualidade. O volume comercial aumentou muito pela mudança de hábitos da população, após a instalação da Corte portuguesa, no Rio de Janeiro. Contribuindo para o nosso atraso, a escravidão, que alimentou uma grande classe rural, porém prejudicou o aperfeiçoamento e desenvolvimento de uma elite comercial somando-se o fato de que os métodos portugueses eram monopolistas de estado, não dando vez à iniciativa particular; por isso o estrangeiro encontrou, no Brasil, campo vasto para expandir seu comércio, em detrimento dos interesses nacionais.