As instituições de ensino adotaram os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) para realização das aulas remotas durante a pandemia. Visto que as metodologias ativas têm promovido um aprendizado mais autônomo aos estudantes, podemos considerar que utilizá-la conjuntamente com recursos tecnológicos alcança-se uma alternativa promissora para futuras situações de isolamento social? Analisamos essa possibilidade sob a ótica do conceito de afetividade apresentado por Henri Wallon, tendo como base as experiências de ensino durante a pandemia. Destacamos, por meio desta pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, os conceitos fundamentais presentes na literatura e apresentamos preocupações com os aspectos emocionais dos estudantes. Partimos do pressuposto walloniano que o ser humano é inseparável do mundo (entre-deux), não sendo possível diferenciar a pessoa-estudante, que precisa corresponder as demandas acadêmicas, da pessoa-humana, passíveis de emoções e sentimentos. Desta forma, consideramos que as cobranças escolares podem comprometer a saúde mental dos aprendizes mesmo utilizando as melhores práticas educativas. Expomos, também, algumas recomendações de boas práticas para às unidades de ensino a serem utilizadas contextos semelhantes de aprendizagens ulteriores.