As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, como diabetes mellitus, obesidade, distúrbios da tireoide e desnutrição, representam desafios crescentes para a saúde pública, em razão de seu impacto significativo na mortalidade, morbidade e qualidade de vida da população. A compreensão do perfil epidemiológico dessas condições é essencial para subsidiar políticas públicas eficazes e direcionadas. Neste cenário, este estudo teve como objetivo analisar comparativamente o perfil das internações e da mortalidade hospitalar por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas no estado do Paraná e no Brasil, entre 2019 e 2023, buscando identificar prevalências, padrões diagnósticos e tendências temporais. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo e descritivo, baseado em dados públicos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Foram analisados registros classificados no Capítulo IV da CID-10, abrangendo diabetes mellitus, obesidade, desnutrição e outros transtornos metabólicos. Os dados foram organizados no Microsoft Excel® 2016 e analisados por meio de frequências absolutas e relativas e variações percentuais anuais. O Paraná respondeu por 12,7% das internações nacionais por essas doenças, proporção compatível com sua participação populacional. Observou-se menor proporção de internações por desnutrição no estado e maior participação da categoria de outros transtornos metabólicos, evidenciando particularidades regionais. Em relação à mortalidade hospitalar, as maiores taxas foram observadas nas deficiências nutricionais severas, com destaque para o ano de 2020, período mais crítico da pandemia de COVID-19. Diabetes mellitus e obesidade apresentaram baixa mortalidade hospitalar e estabilidade ao longo do tempo. Os achados evidenciam a importância de políticas públicas regionais adaptadas, com foco na prevenção das deficiências nutricionais e na gestão eficiente das doenças metabólicas, bem como no fortalecimento da atenção primária e das ações intersetoriais para a redução das desigualdades em saúde.
Endocrine, nutritional, and metabolic diseases, such as diabetes mellitus, obesity, thyroid disorders, and malnutrition, represent growing challenges for public health, due to their significant impact on mortality, morbidity, and quality of life of the population. Understanding the epidemiological profile of these conditions is essential to support effective and targeted public policies. In this scenario, this study aimed to comparatively analyze the profile of hospitalizations and hospital mortality due to endocrine, nutritional, and metabolic diseases in the state of Paraná and in Brazil, between 2019 and 2023, seeking to identify prevalence, diagnostic patterns, and temporal trends. This is an observational, retrospective, and descriptive study, based on public data from the Hospital Information System of the SUS (SIH/SUS). Records classified in Chapter IV of ICD-10 were analyzed, covering diabetes mellitus, obesity, malnutrition, and other metabolic disorders. The data were organized in Microsoft Excel® 2016 and analyzed using absolute and relative frequencies and annual percentage variations. Paraná accounted for 12.7% of national hospitalizations for these diseases, a proportion compatible with its population share. A lower proportion of hospitalizations for malnutrition was observed in the state and a higher share of the category of other metabolic disorders, highlighting regional particularities. Regarding hospital mortality, the highest rates were observed in severe nutritional deficiencies, especially in 2020, the most critical period of the COVID-19 pandemic. Diabetes mellitus and obesity showed low hospital mortality and stability over time. The findings highlight the importance of adapted regional public policies, focusing on the prevention of nutritional deficiencies and the efficient management of metabolic diseases, as well as on strengthening primary care and intersectoral actions to reduce health inequalities.
Las enfermedades endocrinas, nutricionales y metabólicas, como la diabetes mellitus, la obesidad, los trastornos tiroideos y la desnutrición, representan desafíos crecientes para la salud pública debido a su impacto significativo en la mortalidad, la morbilidad y la calidad de vida de la población. Comprender el perfil epidemiológico de estas afecciones es esencial para respaldar políticas públicas efectivas y específicas. En este contexto, este estudio tuvo como objetivo analizar comparativamente el perfil de hospitalizaciones y la mortalidad hospitalaria por enfermedades endocrinas, nutricionales y metabólicas en el estado de Paraná y en Brasil, entre 2019 y 2023, buscando identificar la prevalencia, los patrones de diagnóstico y las tendencias temporales. Se trata de un estudio observacional, retrospectivo y descriptivo, basado en datos públicos del Sistema de Información Hospitalaria del SUS (SIH/SUS). Se analizaron registros clasificados en el Capítulo IV de la CIE-10, que abarcan diabetes mellitus, obesidad, desnutrición y otros trastornos metabólicos. Los datos se organizaron en Microsoft Excel® 2016 y se analizaron mediante frecuencias absolutas y relativas, y variaciones porcentuales anuales. Paraná representó el 12,7% de las hospitalizaciones nacionales por estas enfermedades, una proporción compatible con su población. Se observó una menor proporción de hospitalizaciones por desnutrición en el estado y una mayor proporción de la categoría de otros trastornos metabólicos, lo que resalta las particularidades regionales. En cuanto a la mortalidad hospitalaria, las tasas más altas se observaron en las deficiencias nutricionales graves, especialmente en 2020, el período más crítico de la pandemia de COVID-19. La diabetes mellitus y la obesidad mostraron una baja mortalidad hospitalaria y estabilidad a lo largo del tiempo. Los hallazgos resaltan la importancia de políticas públicas regionales adaptadas, centradas en la prevención de las deficiencias nutricionales y el manejo eficiente de las enfermedades metabólicas, así como en el fortalecimiento de la atención primaria y las acciones intersectoriales para reducir las desigualdades en salud.
