O trabalho tem como proposta retomar a questão expressa pelo título do livro de Augusto Salazar Bondy, ¿Existe una filosofía de nuestra América? Nosso intento se mostra necessário na medida em que o objeto desta filosofia parece não estar por completo explicitado, mesmo porque, é comum encontrar autores que não consideram relevante se fazer tal pergunta, como é o caso de Enrique Dussel, que afirma ser esta uma questão superada. No entanto, o trabalho pretende apresentar tal pergunta como uma provocação dirigida a todos que pretendem produzir um pensamento filosófico original. Deste modo, é mister verificar se existe, segundo Salazar Bondy, uma maneira de fazer filosofia que é propriamente latino-americana, ou, como o autor convencionou chamar, hispano-americana, bem como pensar se esta maneira pode ser, neste contexto, entendida como uma filosofia da libertação.
The paper aims to reposition the issue expressed by the very title of the book of Augusto Salazar Bondy, Is there a philosophy of our America?, a necessary regress to the extent that the object of this philosophy seems not to be fully explicit, even as it is common to find authors who do not consider this question relevant enough, as is the case of Enrique Dussel, who claims to be this issue completely outdated. However, the work intends to present this question as a provocation aimed at all who wish to produce an original philosophical thought. Thus, it is necessary to verify that, according to Salazar Bondy, there is a way of doing philosophy that is properly Latin American, or as the author prefered to call this thought, hispanicamerican, and we wonder if this hispanic-american philosophy of Salazar Bondy can be understood as a liberation philosophy.