Aspectos Técnicos e Aplicações Clínicas de Testes Viscoelásticos no Monitoramento da Hemostasia Perioperatória

Ano: 2020 | Volume: 11 | Número: 1

Autores: Junior, H. da C. R., & Zon Filippi, A. C.

Palavras-chave: Tromboelastografia; Tromboelastometria; Hemostasia.

Resumo Português:

O monitoramento perioperatório da coagulação é imprescindível para diagnosticar deficiências causadoras de sangramento, nortear terapias hemostáticas durante procedimentos cirúrgicos, além de estimar o risco de sangramento. Na avaliação da hemostase usualmente utilizam-se tempo de sangramento, teste de agregação plaquetária, tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcialmente ativado, tempo de trombina, a dosagem de fatores e dímero D, contagem de plaquetas, razão normalizada internacional, tempo de coagulação ativado, dentre outros. Todavia, os testes normalmente utilizados possuem valor limitado devido à incapacidade de identificar a firmeza do coágulo, além da demora na obtenção dos resultados. Alternativamente a estes testes, foram idealizados os testes de avaliação global da hemostasia, representados pela tromboelastografia (TEG) e pela tromboelastometria rotacional (ROTEM). Ambos analisam as características viscoelásticas do sangue a partir de uma amostra de sangue total, o qual é submetido a baixas tensões de cisalhamento após receber adição de substâncias ativadoras da coagulação. Os testes viscoelásticos tornaram-se, recentemente uma ferramenta para diagnosticar e manejar adequadamente as alterações da coagulação. A utilização do tromboelastograma conduziu os médicos a atuarem com conhecimento mais ampliado dos eventos que acometem o paciente cirúrgico e, desta maneira permite corrigir especificamente uma anomalia da hemostase. Até o presente momento, designa método diagnóstico de suma importância para incluir-se no perioperatório de cirurgias cardiovasculares, trauma, transplante hepático e no cenário de pacientes graves.

Resumo Inglês:

Perioperative monitoring of coagulation is essential to diagnose bleeding deficiencies, to guide hemostatic therapies
during surgical procedures, and to estimate the risk of bleeding. Hemostasis is usually used for bleeding time, platelet
aggregation test, prothrombin time, partially activated thromboplastin time, thrombin time, factor and D-dimer dosage,
platelet count, international normalized ratio, clotting time. enabled, among others. However, commonly used tests are
of limited value because of the inability to identify clot firmness and the delay in obtaining results. Alternatively to these
tests, the global hemostasis assessment tests were designed, represented by thromboelastography (TEG) and rotational
thromboelastometry (ROTEM). Both analyze the viscoelastic characteristics of blood from a whole blood sample, which
is subjected to low shear stresses after receiving coagulation activating substances. Viscoelastic testing has recently
become a tool for properly diagnosing and managing coagulation changes. The use of the thromboelastogram led the
doctors to act with a broader knowledge of the events that affect the surgical patient and thus allows to correct a hemostasis
anomaly specifically. To date, it designates the most important diagnostic method to include in the perioperative period of
cardiovascular surgery, trauma, liver transplantation and the setting of critically ill patients.