O presente artigo buscou dar visibilidade à presença das Filles de la Charité no projeto romanizador da Igreja Católica em Minas Gerais, na Diamantina do século XIX, mediante a análise de suas ações pastoral e educacional, expressa na criação da Associação das Filhas de Maria (1874). Considerou-se seu funcionamento e os dispositivos disciplinares que buscavam internalizar o modelo normativo de mulher cristã pelo controle de seu sexo e de sua sexualidade. Instituição cujos enunciados encontravam-se presididos pela representação de mulheres que circulava naquela sociedade, as quais, para se tornarem “boas e exemplares mães de famÃliaâ€, deveriam cumprir sua “missão†de “guardiãs da moral e da religiãoâ€, o que demandava a renúncia de si, o devotamento ao outro.