Associação entre ganho de peso no primeiro ano de vida com excesso de peso e adiposidade abdominal na idade pré-escolar

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Associação entre ganho de peso no primeiro ano de vida com excesso de peso e adiposidade abdominal na idade pré-escolar

Ano: 2012 | Volume: 30 | Número: 4
Autores: M. L. Bertotto, J. Valmórbida, M. C. Broilo, P. D. Campagnolo, M. R. Vitolo
Autor Correspondente: M. R. Vitolo | [email protected]

Palavras-chave: ganho de peso, adiposidade, pré-escolar.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo:
Avaliar se a mudança no escore Z do índice de
massa corpórea por idade >0,67 no primeiro ano de vida se
associou ao excesso de peso na idade pré-escolar.
Métodos:
Estudo de coorte aninhado a ensaio de campo
randomizado realizado na cidade de São Leopoldo, no Rio
Grande do Sul. Foram coletados dados de peso e estatura das
crianças ao nascimento, dos seis aos oito meses e dos 12 aos 16
meses. Aos três e aos quatro anos, além destes dados aferiu-se
a circunferência da cintura. Calculou-se o ganho de peso pela
diferença no escore Z do índice de massa corpórea/idade dos
12 até os 16 meses em relação ao índice de massa corpórea/
idade ao nascimento, adotando-se ponto de corte >0,67
para ganho de peso excessivo. A relação cintura/estatura foi
realizada, considerando-se excesso de adiposidade central se
valores >0,5. Utilizou-se a análise multivariada para o teste
da associação entre os desfechos e as variáveis independentes.
Resultados:
A prevalência do ganho de peso excessivo
no primeiro ano de vida foi de 29,5% de um total de 338
crianças. Após ajuste para as variáveis sexo, grupo, peso ao
nascer, tempo de aleitamento materno exclusivo e índice
de massa corpórea da mãe, a mudança no escore Z >0,67 do
nascimento até os 12 a 16 meses apresentou-se como fator de
risco para o excesso de peso (RR 2,81; IC95% 1,53–5,16) e
elevada relação cintura/altura na idade pré-escolar (RR 2,10;
IC95% 1,19–3,72).
Conclusões:
O ganho de peso excessivo no primeiro ano
de vida está associado ao excesso de peso e à elevada adipo
-
sidade abdominal na idade pré-escolar.



Resumo Inglês:

Objective:
To assess whether the change in body mass
index Z-score for age >0.67 in the first year of life was as
-
sociated with overweight at preschool age.
Methods:
A cohort study nested in a randomized field
trial conducted in São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Southern
Brazil. Data on weight and height of children at birth, from
six to eight, and from 12 to 16 months were collected. From
ages three to four, besides these data, waist circumference was
measured. Weight gain was calculated by the difference in
body mass index/age Z-score from 12 to 16 months in relation
to that at birth, adopting as cutoff >0.67 Z-score for weight
gain. Waist-to-height ratio was calculated, and the excess of
central adiposity was considered for values >0.5. Multivariate
analysis to test the association between outcomes and independ
-
ent variables was applied.
Results:
The prevalence of excessive weight gain in the first
year of life was 29.5% out of the 338 studied children. After
adjustment for gender, origin group, birth weight, duration
of exclusive breastfeeding and mother’s body mass index, the change in >0.67 Z-score from birth to 12 to 16 months was
an independent risk factor for overweight (RR 2.81, 95%CI
1.53–5.16) and for elevated waist-to-height ratio (RR 2.10,
95%CI 1.19–3.72) in preschool age.
Conclusions:
Excessive weight gain in the first year of
life was associated with overweight and high abdominal
adiposity at preschool age.
Key-words:
weight gain; adiposity; child, preschool.



Resumo Espanhol:

Objetivo:
Evaluar si el cambio en el escore Z del Índice
de Masa Corporal (IMC) por edad >0,67 en el primer año
de vida se asoció al exceso de peso en la edad pre-escola
r.
Métodos:
Estudio de cohorte aunado a ensayo de campo
aleatorio realizado en la ciudad de São Leopoldo (Rio Grande
do Sul). Se recogieron datos de peso y estatura de los niños al
nacer, 6 a 8 y 12 a 16 meses. A los 3 a 4 años de edad, se verificó
también la circunferencia de la cintura.
Se calculó la ganancia
de peso por la diferencia en el escore Z de IMC/Edad a los 12 a
16 meses respecto al IMC/Edad al nacer, adoptando punto de
corte >0,67 para ganancia de peso excesiva. Relación cintura/
estatura fue realizada, considerando exceso de adiposidad central
valores >0,5.
Se utilizó el análisis multivariado para probar la
asociación entre los desenlaces y las variables independientes.
Resultados
: La prevalencia de ganancia de peso excesiva en
el primer año de vida fue de 29,5% de un total de 338 niños.
Después del ajuste para las variables sexo, grupo, peso al nacer,
tiempo de lactancia materna exclusiva e IMC de la madre, el
cambio en el escore
Z
>0,67 del nacimiento hasta los 12 a 16
meses se presentó como factor de riesgo para excesos de peso
(RR 2,81; IC95% 1,53–5,16) y elevada relación cintura/altura
en la edad pre-escolar (RR 2,10; IC95% 1,19–3,72).
Conclusión:
Ganancia de peso excesivo en el primer año
de vida está asociada a exceso de peso y elevada adiposidad
abdominal en la edad pre-escolar.
Palabras clave:
ganancia de peso; adiposidad; pre-escolar.