CONTEXTUALIZAÇÃO: Levantamos a hipótese de que o Incremental Shuttle Walk Test (ISWT), por exigir agilidade do examinado, possa estar associado ao equilÃbrio e ao risco de quedas em idosos.
OBJETIVOS: Avaliar e comparar as associações entre os desempenhos no ISWT e no Timed Up and Go (TUG) e a ocorrência de quedas em idosos.
MÉTODO: Trinta e três idosas (68±7 anos) realizaram o ISWT e o TUG. O equilÃbrio foi avaliado pela Escala de EquilÃbrio de Berg (EEB). As participantes que caÃram, pelo menos, duas vezes nos últimos 12 meses foram alocadas no grupo "quedas" (GQ), e as demais compuseram o grupo controle (GC).
RESULTADOS: O GQ foi composto por 17 idosas, e 16 compuseram o GC. O GQ apresentou pior desempenho (p<0,05) no TUG (8,01±0,22 vs. 6,22±0,21 s), na EEB (51±3 vs. 55±1 pontos) e no ISWT [313±79 (92±15%prev.) vs. 395±75 m (113±19%prev.)]. A distância percorrida no ISWT correlacionou-se com o TUG (r=-0,75; p<0,001), com a EEB (r=0,50; p=0,002) e com o número de quedas (r=0,36; p=0,031). Após regressão logÃstica, o TUG foi determinante (p=0,03), e a ISWT mostrou tendência para determinar a ocorrência de quedas (p=0,05).
CONCLUSÃO: O ISWT foi válido para avaliar o risco de quedas e o equilÃbrio e pode ser útil como ferramenta de avaliação simultânea da aptidão cardiorrespiratória e do equilÃbrio em mulheres idosas.