Forças de caráter e estilos parentais podem ser fatores protetivos contra o desenvolvimento de psicopatologias. A literatura indica tal efeito sobre a infância e adolescência; contudo, é necessário compreendê-lo melhor em adultos. Esse estudo investigou a associação de tais construtos em 424 participantes (idades entre 18 e 73 anos) de uma amostra brasileira e considerou diferenças relacionadas a características sociodemográficas. Utilizou-se a Escala de Forças de Caráter-Breve (EFC-Breve) e duas Escalas de Responsividade e Exigência Parental adaptadas (EREP e EREPPais). As associações de maiores magnitudes foram entre as forças com as dimensões de responsividade das EREP’s (r entre 0,13 e 0,40). Participantes mais responsivos, com filhos e com maior nível de escolaridade apresentaram maiores médias nos fatores da EFC-Breve. Conclui-se que o efeito dos estilos parentais na vida adulta não seja tão expressivo, cabendo a cada indivíduo, em sua liberdade, decidir o que é melhor para si.
Character strengths and parenting styles can be protective factors against the development of psychopathologies. The literature indicates such an effect on childhood and adolescence; however, it is necessary to understand it better in adults. This study investigated the association of such constructs in 424 participants (aged between 18 and 73 years) from a Brazilian sample and considered differences related to sociodemographic characteristics. The Character Strengths Scale (CSS-Brief) and two adapted Responsiveness and Parental Requirement Scales (RPRS and RPRSParents) were used. The highest magnitudes associations were between the strengths and the responsiveness dimensions of the RPRS’s (r between 0.13 and 0.40). More responsive participants, with children and with a higher level of education, had higher averages in the factors of CSS-Brief. It is concluded that the effect of parenting styles in adult life is not so expressive, and it is up to each individual, in their freedom, to decide what is best for them.
Las fuerzas de carácter y los estilos parentales pueden ser factores protectores contra el desarrollo de psicopatologías. La literatura indica tal efecto en la infancia y la adolescencia; sin embargo, es necesario comprenderlo mejor en los adultos. Este estudio investigó la asociación de dichos constructos en 424 participantes (entre 18 y 73 años) de una muestra brasileña y consideró las diferencias relacionadas con las características sociodemográficas. Se utilizaron la Escala de Fuerzas de Carácter Breve (EFC-Breve) y dos Escalas de Responsividad y Exigencia Parental adaptadas (EREP y EREP-Padres). Las asociaciones de mayores magnitudes fueron entre las fuerzas y las dimensiones de responsividad de las EREP (r entre 0,13 y 0,40). Los participantes más receptivos, con hijos y con un mayor nivel de educación, tuvieron promedios más altos en los factores de EFC-Breve . Se concluye que el efecto de los estilos parentales en la vida adulta no es tan expresivo, y depende de cada individuo, en su libertad, decidir qué es lo mejor para él.