É evidente o ganho real, decisivo, alcançado com a última Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9394/96) no que se relaciona aos alunos com altas habilidades/superdotação, sobre o reconhecimento de suas necessidades educacionais especiais, e atendimento educacional especializado, inclusive é necessário conhecer, e reconhecer os esforços que vêm sendo feitos há algumas décadas para que estes educandos recebam atendimento não só especializado, mas modernizado, nas escolas de ensino regular da Educação Básica. Este texto traz alguns fatos importantes da trajetória da legislação e das políticas educacionais para a inclusão de alunos com altas habilidades/superdotação. Historicamente, a maior parte destes alunos não é identificada assim que ingressa na escola, sempre foram matriculados nas séries conforme suas idades cronológicas, e colocados em turmas que de forma geral, estavam longe de atender ao nível de desenvolvimento real que apresentavam. Existe também a necessidade de professores especializados para identificá-los, e fornecerem o atendimento educacional adequado, em salas de recursos ou em programas de aprofundamento. A cidade de São Paulo possui salas de recursos bem equipadas na maioria das escolas públicas, atendendo diversos alunos da inclusão, em sua grande maioria com transtornos globais de desenvolvimento. A Secretaria Municipal de Educação, em sua Coordenadoria Pedagógica, lançou o manual “Orientações para atendimento de estudantes: altas habilidades / superdotação. – São Paulo: SME / COPED, 2021”. Este documento fornece informações relevantes a respeito da identificação e do atendimento adequado às necessidades educacionais dos estudantes AH/SD. Documento este que deveria ser priorizado, juntamente com outras literaturas sobre a escola inclusiva, nas reuniões de formação de professores. A comunidade escolar não sendo bem orientada, e estes educandos não sendo identificados, pode levar a escola ao fracasso na inclusão dos alunos com AH/SD, portanto esse artigo pretende abordar esse tema e trazer uma reflexão, contribuindo para inclusão, efetiva, dos mesmos.
