Inseridos em um contexto de transição de responsabilidades entre agências governamentais, inovação na política de saúde atuante, inserção cada vez maior de entidades distintas no processo e relativa incapacidade de atuação dos recursos humanos disponíveis, os processos saúde-doença que acometem o indígena no Brasil são ainda poucos conhecidos. A carência de dados epidemiológicos e demográficos confiáveis e a desorganização nas questões relacionadas às políticas de saúde parecem predominar em todo o país. Sessenta por cento dos indígenas residentes nos limites nacionais encontra-se na região amazônica, dos quais pouco mais de 8% se concentra no Estado de Rondônia. Um agravante que esse Estado apresenta é o fato de a sua própria organização política ter sofrido uma mudança recente: passou de Território Federal para Estado há pouco mais de 20 anos. A somatória desses fatores foi analisada no presente trabalho, com o objetivo de verificar até que ponto a assistência à saúde do indígena estava sendo influenciada pelas políticas de saúde atuais no Estado de Rondônia. Verifica-se que a situação do Estado não é muito diferente em relação aos outros estados da Amazônia Legal, com pouca abrangência dos programas destinados ao indígena e relativa falta de critérios na elaboração dos mesmos, dado que o Estado não tem dados de baseline suficientemente confiáveis para o adequado planejamento das ações de saúde coletivas voltadas a essa população.
The health - disease processes which are inserted in a competency transition among public agencies, changes on public health policy, action of non governamental agencies and some kind of incompetence from human sources that have been influenced indigenous health problems are still not completely known. The absence of epidemiological and demographic data occurs all over the country. Sixty percent of Brazilian indigenous lives in Amazonian region which more than 8% of them lives in Rondônia State. Things get worse in this state because Rondônia had been a recent change: it has become an independente state for just a little more than 20 years. All those factors were discussed at the present work with the objective to verify how much indigenous health care have been influenced by health policy in Rondônia State. It was observed that the situation in the state is not so different from the other ones in Legal Amazônia because neither of them has enough large programs direct to indigenous and there are no clear criteria to elaborate those programs, once this state has no serious baseline data to elaborate good plans on public health.