Este artigo versa a reflexão sobre a história da evolução do tratamento da saúde mental no Brasil e a relação com a dependência química, colaborando com o conhecimento do conteúdo efetivo das mudanças nas práticas de recuperação ao dependente químico. A dependência química é hoje um dos grandes problemas de saúde no mundo (OMS), e um dos desafios que cresce constantemente. A tensão social voltada aos dependentes químicos, desde o crescimento ao consumo exacerbado de substâncias químicas associado à marginalização, trouxe como consequências um atendimento focalizado via repressão, em que se situam esses usuários à parte do convívio social e de uma inclusão marginal, através de políticas que não acompanham os direitos humanos. A dependência química consiste justamente na perda do controle ou uso abusivo da droga, o que torna esse problema um dos maiores da sociedade atual e, consequentemente, causa enorme prejuízo à Saúde Pública. Há mais de vinte anos, a política de saúde no Brasil vem sendo um dos direitos fundamentais, previsto na constituição de 88 que recebem destaque no bojo das lutas sociais por uma tentativa de reforma e estratégia balizadora da redemocratização no país. Percebe-se que o uso de substâncias que alteram o humor e o comportamento das pessoas tem sido difundido a milhares de anos, e isto se deu das mais variadas formas, desde cultos religiosos, a manifestações de rebeldia entre a juventude dos anos 70, mas o que se tem hoje em dia é um estado de adoecimento absoluto da sociedade em relação ao consumo e abuso de drogas, e isto não está mais agregado a um ou outro perfil de usuário.