Produto obtido das abelhas, a própolis, possui grande eficácia sobre agentes bacterianos patogênicos devido a
sua vasta composição, que inclui, como agente principal, os flavonoides. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
atividade antibacteriana in vitro da própolis frente a cepas bacterianas padrão. A ação antimicrobiana deste
composto foi testada através da diluição da própolis, comercialmente vendida, em Agar Muller Hinton, para
amostrar a percentagem em que o mesmo começa a fazer efeito inibitório a bactérias. Foram testados isolados
bacterianos padrão (Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, e Escherichia coli). Em algumas
concentrações, 0,1% para Streptococcus, 0,25% para S. aureus e 3% para Escherichia coli, os isolados tiveram
sensibilidade considerável ao extrato de própolis quando não ocorreu o crescimento de unidades formadoras de
colônia na placa após um perÃodo de 24 horas de incubação a 37ºC. Para controle, utilizaram-se meios de Agar
Muller Hinton com álcool, nas mesmas concentrações das de própolis. A eficácia antibacteriana da própolis foi
de 91% sobre a Streptococcus pyogenes; 80% sobre a Staphylococcus aureus e 61,6% sobre a Escherichia coli.
Concluiu-se, portanto que as bactérias Gram positivas são mais susceptÃveis a ação antibacteriana da própolis o
que provavelmente, deve-se aos flavonoides, ácidos e ésteres aromáticos presentes na resina, que atuariam sobre
a estrutura bacteriana da parede celular desses micro-organismos, através de um mecanismo de ação ainda não
elucidado.