Atividade antimicrobiana, in vitro, de desinfetantes de superfície sobre fungos e bactérias

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

Endereço:
Rodovia BR-316 km 7 - s/n - Levilândia
Ananindeua / PA
67030-000
Site: http://revista.iec.gov.br
Telefone: (91) 3214-2185
ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Atividade antimicrobiana, in vitro, de desinfetantes de superfície sobre fungos e bactérias

Ano: 2022 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: Mateus José Dutra, Gabriela Pizzolatto, Natália Grisa, Patrícia Borsatto Zenatti, Marcos Eugênio de Bittencourt, Larissa Corrêa Brusco Pavinato, Paulo do Prado Funk, Huriel Scartazzini Palhano, Daniela Jorge Corralo
Autor Correspondente: Mateus José Dutra Rua Fagundes dos Reis | [email protected]

Palavras-chave: Controle de Infecções, Desinfetantes, Candida albicans, Antibacterianos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVOS: Avaliar e comparar, in vitro, a ação antimicrobiana de desinfetantes de superfície sobre fungos e bactérias, utilizando o método de fricção. MATERIAIS E MÉTODOS: As superfícies de duas mesas foram desinfetadas com álcool 70%, sob fricção, divididas em 64 partes e contaminadas com suspensão microbiana padronizada de fungos e bactérias com turvação correspondente ao número 6 da escala de McFarland. Os desinfetantes testados foram: álcool 70% (A70), ácido peracético 0,2% (AP), dióxido de cloro 7% (DC) e cloreto de benzalcônio 5,2% com polihexametileno biguanida 3,5% (CBPB) que foram friccionados, durante 10 s nas áreas contaminadas. As amostras foram coletadas antes (controle positivo) e após a desinfecção, em triplicata, semeadas em meio de cultura e incubadas por 48 h a 37 ºC. RESULTADOS: O crescimento microbiano foi observado pela presença de unidades formadoras de colônias (UFC) no ágar. Candida albicans foi o microrganismo mais resistente aos produtos selecionados, com exceção do AP, que demonstrou ação contra todos os microrganismos testados. O CBPB foi o único desinfetante que não reduziu a formação de UFC. CONCLUSÃO: O AP obteve o melhor efeito antimicrobiano, sendo a opção mais segura para a desinfecção de alto nível. O A70 e o DC são indicados para a desinfecção intermediária. O CBPB não reduziu a formação das UFC, portanto não é indicado para protocolos de desinfecção.



Resumo Inglês:

OBJECTIVES: To evaluate and compare, in vitro, the antimicrobial action of surface disinfectants on fungi and bacteria, using the rubbing method. MATERIALS AND METHODS: The surfaces of two tables were disinfected with 70% alcohol, under friction, divided into 64 parts, and contaminated with a standardized microbial suspension of fungi and bacteria with turbidity corresponding to number 6 on the McFarland scale. The disinfectants tested were: 70% alcohol (A70), 0.2% peracetic acid (PA), 7% chlorine dioxide (CD), and 5.2% benzalkonium chloride with 3.5% polyhexamethylene biguanide (BCPB) which were rubbed for 10 s in contaminated areas. The samples were collected before (positive control) and after disinfection in triplicate, plated in culture mediums, and incubated for 48 h at 37 ºC). RESULTS: Microbial growth was observed by the presence of colony-forming units (CFU) on the agar. Candida albicans was the most resistant microorganism to the selected products, except for AP, which showed activity against all tested microorganisms. BCPB was the only disinfectant that did not reduce CFU formation. CONCLUSION: PA had the best antimicrobial effect, so it is the safest option for high-level disinfection. A70 and CD are indicated for intermediate disinfection. CBPB did not reduce the formation of CFUs, therefore it is not indicated for disinfection protocols.