Contextualização: Durante o segundo estágio do parto, a progressão da expulsão fetal depende de vários fatores ligados a parâmetros
maternos e fetais, dentre eles, o esforço abdominal voluntário. Objetivos: Correlacionar os parâmetros maternos e fetais que podem
influenciar os esforços voluntários durante a fase do segundo estágio do parto por meio da eletromiografia de superfÃcie. Métodos:
As atividades eletromiográficas dos músculos retoabdominal e oblÃquo externo foram medidas durante o segundo estágio do parto
em 24 gestantes. A diástase do músculo retoabdominal, o Ãndice de massa corpórea e a altura de fundo de útero foram analisados
como parâmetros maternos, e o peso fetal, o perÃmetro cefálico, os Ãndices de Apgar e o pH e pCO2 arterial foram analisados como
parâmetros fetais. O uso de ocitocina e o tempo do perÃodo expulsivo foram considerados. Resultados: Encontrou-se uma correlação
negativa entre a diástase umbilical e os parâmetros eletromiográficos do músculo retoabdominal (p=0,04; r=-0,407). Não se encontrou
correlação significativa entre a eletromiografia dos músculos retoabdominal e oblÃquo externo e os demais parâmetros maternos e
fetais, bem como entre o tempo do perÃodo expulsivo e o uso da ocitocina. Conclusões: O presente estudo sugere que a diástase
umbilical pode ser um parâmetro influente na geração de esforços voluntários durante o perÃodo expulsivo do parto, porém não deve
ser considerada de forma isolada para o sucesso do andamento do trabalho de parto.
Background: During the second stage of labor, the progression of the fetal expulsion depends on many factors related to maternal
and fetal parameters, including the voluntary abdominal pushing. Objectives: This study aimed to correlate the maternal and fetal
parameters that may influence the voluntary maternal pushes during the second stage of labor by using surface electromyography.
Methods: The electromyographic activity of the rectus abdominis and external oblique muscles were measured during the second
stage of labor in 24 Brazilian pregnant women. The diastasis of the rectus abdominis, the body mass index and the uterine fundal height
were analyzed as maternal parameters and the fetal weight, cephalic circumference, APGAR scores and arterial pH and CO2 were
analyzed as fetal parameters. The oxytocin usage and the expulsive phase duration were considered. Results: A negative correlation
between the rectus abdominis diastasis and the rectus abdomini muscle electromyographic parameters was found (r=-0.407 p=0.04).
No statistically significant correlations were found among the rectus abdominis and external oblique muscles electromyography and
the other maternal or fetal parameters, as well as among expulsive phase duration and the oxytocin usage. Conclusions: This study
suggests that the rectus abdominis diastasis may be an influential parameter in generating voluntary pushes during the second stage
of labor, however it cannot be considered the only necessary parameter for a successful labor.