Atividade física como preditor da ausência de fragilidade em idosos

Revista Da Associação Médica Brasileira

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Telefone: (11) 3178 6802
ISSN: 1044230
Editor Chefe: Bruno Caramelli
Início Publicação: 31/12/1957
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Medicina

Atividade física como preditor da ausência de fragilidade em idosos

Ano: 2012 | Volume: 58 | Número: 3
Autores: Sheilla Tribess, Jair Sindra Virtuoso Júnior, Ricardo Jacó de Oliveira
Autor Correspondente: Sheilla Tribess | [email protected]

Palavras-chave: Atividade motora, idoso fragilizado, envelhecimento.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Analisar a atividade física em diferentes domínios (trabalho, transporte, tarefas domésticas
e lazer) como preditor de ausência de fragilidade. Métodos: Estudo epidemiológico de corte
transversal com uma amostra probabilística de 622 indivíduos com idade ≥ 60 anos foi realizado
em Uberaba, MG. Foram construídas curvas receiver operating characteristic (ROC) e comparadas
com a atividade física em diferentes domínios e ausência de fragilidade. Pontos de corte de atividade
física (minutos/semana) foram estabelecidos para prever a ausência de fragilidade. Um intervalo
de confiança de 95% foi considerado para encontrar as maiores áreas sob as curvas ROC para os
domínios trabalho, transporte, tarefas domésticas e lazer. A atividade física total e seus domínios
foram avaliados pelo Questionário Internacional de Atividade Física. O índice de fragilidade (perda
de peso não intencional, limitação funcional para levantar da cadeira, força de preensão manual,
atividade física habitual e exaustão) foi realizado com base no estudo de Fried, sendo os participantes
classificados dicotomicamente em não frágil e frágil. Resultados: A prevalência de fragilidade
foi de 19,7% (homens) e 20% (mulheres). A atividade física de intensidade moderada ou vigorosa
acumulada em diferentes domínios durante 145 minutos/semana para mulheres e 140 minutos/
semana para o homem ou ainda, 85 minutos/semana para mulheres e 112,5 minutos/semana para
o homem de atividades no domínio do tempo de lazer apresentaram o melhor ponto de corte para
predizer a ausência de fragilidade. Conclusão: Praticar atividade física, especialmente no tempo de
lazer ou acumulada em diferentes domínios, contribui para a prevenção da fragilidade em idosos.



Resumo Inglês:

Objective: To analyze physical activity in different domains (work, transportation, housework, and
leisure) as a predictor of the absence of frailty. Methods: An epidemiological cross-sectional study
with a random sample of 622 individuals aged ≥ 60 years was carried out in Uberaba, MG, Brazil.
Receiver operating characteristic (ROC) curves were generated and compared with physical activity
in different domains and the absence of frailty. Cutoffs points of physical activity (minutes/
week) were established to predict the absence of frailty. A confidence interval of 95% was established
in order to find the largest areas under the ROC curves for work, transportation, household,
and leisure. The total physical activity and its domains were assessed by the international physical
activity questionnaire. The index of frailty (unintentional weight loss, functional limitation to chair
rise, handgrip strength, physical activity, and exhaustion) was based on the study by Fried; the participants
were dichotomously classified as not frail and frail. Results: The prevalence of frailty was
19.7% (men) and 20% (women). Physical activity of moderate or vigorous intensity accumulated in
different domains for 145 minutes/week for women and 140 minutes/week for men or 85 minutes/
week for women and 112.5 minutes/week for men for activities in the leisure domain showed the
best cutoff to predict the absence of frailty. Conclusion: The practice of physical activity, especially
in leisure time or accumulated in different domains, contributes to the prevention of frailty in the
elderly.