ATIVIDADES COMPORTAMENTAIS DE PREDADORES EM TOMATEIRO.

Evolução e Conservação da Biodiversidade

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ISSN: 22363866
Editor Chefe: Rubens Pazza
Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Biologia geral

ATIVIDADES COMPORTAMENTAIS DE PREDADORES EM TOMATEIRO.

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Leonardo Franco Bernardes, Fernanda Freitas Souza, Flávio Lemes Fernandes, Marcelo Coutinho Picanço, Bruno Monteiro da Silva, Ricardo Siqueira da Silva.
Autor Correspondente: Leonardo Franco Bernardes | [email protected]

Palavras-chave: tomate, Solanaceae, mosca branca, ácaro vermelho.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O comportamento dos predadores no ambiente é extremamente relevante, uma vez que a sua
presença em cadeias alimentares pode ter efeitos inesperados em todo o sistema. Assim, o
conhecimento das espécies de presas alvo e o comportamento destes predadores podem
auxiliar no conhecimento das relações tróficas em uma cadeia. Sendo útil muitas vezes em
estudos de extinção de espécies, surgimento de novas espécies e mudança de status dentro de
uma cadeia alimentar. Dentre os inimigos naturais no tomateiro, tem-se o predador Orius
insidiosus (Hemiptera: Anthocoridae), Cycloneda sanguinea (Linnaeus) (Coleoptera:
Coccinellidae) e Chauliognathus flavipes (Coleoptera: Cantharidae) que se alimentam das pragas
Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleirodidae) e Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae). Pouco se
sabe sobre o comportamento de predação destes inimigos naturais no tomateiro. Assim,
objetivou-se avaliar atividades comportamentais de predação por meio de um etograma
comportamental dos predadores O. insidiosus, C. sanguinea e C. flavipes em tomateiro. O
experimento foi realizado no laboratório de Entomologia da Universidade Federal de Viçosa.
Folíolos de tomateiro sem contaminação com inseticida foram acondicionadas em tubos de
ensaio de 2 cm de diâmetro por 15 cm de altura, que teve sua entrada vedada com algodão
hidrofóbico. Em cada tubo foi individualizado um adulto de O. insidiosus, C. sanguinea e C.
flavipes, constituindo-se assim a unidade experimental. Os tubos foram levados para estufa
incubadora à temperatura de 25 ± 0,5 oC e umidade relativa do ar 75 ± 5%. Os insetos ficaram
sem se alimentar por seis horas. Confeccionou-se uma arena de isopor com 2,5 cm de
espessura, 40 cm de diâmetro circundado com uma fita de cartolina branca de 10 cm de largura
posicionada verticalmente para evitar a fuga dos insetos pelas laterais desta arena. Esta arena
foi dividida em quatro quadrantes de tamanhos iguais, no centro de cada quadrante foram
liberados cinco ácaros vermelho (T. evansi) e cinco ninfas de mosca branca (B. tabaci) recém
mortos em geladeira a temperatura de -2 oC. No centro da arena foi liberado o inimigo natural e
finalmente, um etograma comportamental foi confeccionado para analisar a seqüência de
comportamentos de cada indivíduo de forma a determinar quais atividades comportamentais
seriam avaliadas. Calculou-se a frequência das principais atividades comportamentais e
selecionados aqueles com frequência acima de 20% para comparação do comportamento entre
as espécies. As comparações entre os tempos de cada comportamento selecionado foram feita
com base no intervado de confiança a 95% de cada espécie em cada tratamento. Os
comportamentos com freqüências acima de 20% foram: busca (procura de alimento), parado
(imóvel), mover (móvel), ambulatório (parado com movimento de qualquer membro do corpo),
se lamber (exceto para O. insidiosus) e alimentar (capturar a presa e comer). Estas categorias
comportamentais variaram entre as espécies.