Atualmente parece haver verdadeiro silêncio quanto ao problema da luta de classes na teoria social. Não
por acaso. A despeito dos acirrados conflitos do operariado contra as forças hegemônicas do mercado, a
classe operária ainda não correspondeu às expectativas revolucionárias que lhe foram atribuídas. Não
obstante, ao lado da classe operária uma série de grupos sociais e de organizações populares se mobiliza
contra os mecanismos de exploração e contra os crescentes níveis de desigualdade característicos da
sociedade capitalista. O presente artigo propõe uma releitura acerca da atualidade da luta de classes
como sintoma da expansão das contradições do circuito de reprodução do capitalismo em escala global
e a consequente emergência de um sem-número de grupos sociais, para além do proletariado, que
reivindicam o estatuto de sujeito histórico a partir de suas ações reivindicativas e emancipatórias