Este artigo examina as contribuições de Hannah Arendt para a noção de direitos humanos em face da violação perpetrada contra estes na conjuntura de austeridade econômica imposta aos brasileiros nos últimos anos. Ao enfocarmos algumas das proposições da hermenêutica arendtiana acerca das relações de poder travadas no interior do Estado-nação, notadamente o totalitarismo, discutimos a aproximação entre temas candentes tanto para o campo da Filosofia quanto para a seara do Direito, tomando como eixo a noção de direitos humanos. Desse modo, examinamos em que medida a pensadora lança luzes sobre questões contemporâneas como a subtração de direitos na atual política de austeridade adotada pelo atual governo no Brasil.