Este artigo faz uma análise do espetáculo cênico Verbi – O Idioma do Caos, a partir de um diálogo entre a visão de uma antropóloga espectadora e do ator-dançarino, criador e performer da obra. A análise propõe a desterritorialização dos campos teóricos na composição dos olhares acerca de uma obra cênica que produz identidade pela atualização de virtualidades, ocorrendo muito mais na dimensão das intensidades do que das significações. Verbi transita por um processo que envolve estranhamento e rompimento de barreiras linguísticas, linguagem artística, gênero e nação. Cria-se uma paisagem cartográfica em cena, onde vetores estéticos atravessam o performer, o espaço e o público comportando-se como uma máquina performativa. Sugere a imanência de um idioma caótico capaz de constituir um ser humano múltiplo, plural e em um estado de consciência aberto para múltiplas possibilidades identitárias.
This article is an analysis of scenic performance Verbi - The language of chaos, from a dialogue between the vision of an anthropologist spectator and actor-dancer, creator and performer of the work. The analysis proposes the deterritorialization of theoretical fields in the composition of the looks of a stage work that produces identity for updating virtualities, occurring more in the dimension of the intensities than the meanings. Verbi transits by a process that involves estrangement and disruption of language barriers, artistic language, gender and nation. Create a landscape scene, where cartographic aesthetic vectors across the performer, the space and the audience behaving like a performative machine. Suggests the immanence of a chaotic language able to be a human being, plural and in a State of consciousness open for multiple possibilities of identity.