Auditoria em unidade de terapia intensiva: vigilância de procedimentos invasivos

Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção

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ISSN: 2238-3360
Editor Chefe: Lia Gonçalves Possuelo
Início Publicação: 30/11/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Auditoria em unidade de terapia intensiva: vigilância de procedimentos invasivos

Ano: 2013 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Mariama Amaral Michels, Nídea Rita Michels Dick, Ricardo Ariel Zimerman, Rafael Rossel Malinsky
Autor Correspondente: Mariama Amaral Michels | [email protected]

Palavras-chave: Infecção hospitalar, Unidades de terapia intensiva

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Atualmente, as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) constituem sério problema de saúde pública. Estima-se que a cada dez pacientes hospitalizados, um terá infecção após sua admissão, gerando custos elevados
resultantes do aumento do tempo de internação, intervenções terapêuticas e diagnósticas adicionais. A unidade de terapia intensiva (UTI), por suas características, constitui uma das unidades mais complexas do ambiente hospitalar, consequência dos equipamentos, da tecnologia disponível, da gravidade dos pacientes internados e aos procedimentos invasivos que são submetidos. O objetivo do estudo foi avaliar a aderência às medidas específicas de prevenção de IRAS em procedimentos invasivos na UTI. Métodos: O presente estudo teve uma abordagem quantitativa, de caráter descritivo e exploratório. Entre os fatores de risco para IRAS são a presença de acesso venoso central, sondagem vesical de demora e ventilação mecânica, portanto, os indicadores foram calculados para pacientes com estes procedimentos invasivos, através de questionário padronizado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Resultados: A cada 1000 pacientes, 15 pacientes apresentaram infecção de corrente sanguínea associada ao cateter, 6,85 apresentaram infecção urinária relacionada à sondagem vesical de
demora, durante o primeiro semestre de 2010. Conclusão: a maioria das IRAS não pode ser prevenida, por razões inerentes aos procedimentos invasivos e aos próprios clientes. Todavia, podem ser reduzidas e controladas. A implementação de medidas de prevenção baseadas em evidências científicas pode reduzir as IRAS de forma signifi cativa e sustentada, trazendo segurança na assistência e redução de custos. Entre os principais meios de prevenção incluem-se a higienização de mãos, uso das medidas de bloqueio epidemiológico quando necessário, e cuidados específicos para cada sítio de infecção.



Resumo Inglês:

Currently, Healthcare-associated Infections (HAIs) constitute a serious public health problem. It is
estimated that for every ten hospitalized patients, one will have infection after admission, generating high costs resulting from increased length of hospitalization, additional diagnostic and therapeutic interventions. The intensive care unit (ICU), due to its characteristics, is one of the most complex units of the hospital environment, a result of the equipment, the available technology, the severity of inpatients and the invasive procedures the latter are submitted to. The aim of the study was to evaluate the adherence to specifi c HAI prevention measures in invasive ICU procedures. Methods: This study had a quantitative, descriptive
and exploratory approach. Among the risk factors for HAIs are the presence of central venous access, indwelling vesical catheter and mechanical ventilation, and, therefore, the indicators were calculated for patients undergoing these invasive procedures, through a questionnaire standardized by the Hospital Infection Control Commission (HICC). Results: For every 1,000 patients, 15 had catheter-related bloodstream infection, 6.85 had urinary tract infection associated with indwelling catheter in the fi rst half of 2010. Conclusion: most HAIs cannot be prevented, for reasons inherent to invasive procedures and the patients. However, their incidence can be reduced and controlled. The implementation of preventive measures based on scientifi c evidence can reduce
HAIs signifi cantly and sustainably, resulting in safer health care services and reduced costs. The main means of prevention include the cleaning of hands, use of epidemiological block measures, when necessary, and specifi c care for each infection site.