Autoestima a partir do caminhar: orientação e mobilidade da pessoa com deficiência visual

Benjamin Constant

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ISSN: 1984-6061 (on-line)
Editor Chefe: Bianca Della Líbera e Luiz Paulo da Silva Braga
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Autoestima a partir do caminhar: orientação e mobilidade da pessoa com deficiência visual

Ano: 2013 | Volume: 0 | Número: 54
Autores: Andreisa Jacinto de Oliveira Santos, Sandra Andrade de Castro
Autor Correspondente: Luiz Paulo da Silva Braga | [email protected]

Palavras-chave: Orientação e mobilidade, deficiente visual, inclusão

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo apresenta alguns conceitos de orientação e mobilidade (OM) e sua aplicabilidade no dia a dia da sociedade. Aponta a importância das maneiras e técnicas de locomoção – guia vidente, autoproteção e bengala longa – para que a pessoa com deficiência visual transite com segurança e independência. Cita uma lista de diretrizes sobre o trato com as pessoas com deficiência visual, orientando a sociedade sobre atitudes que facilitem a interação social destas. Entre as diversas técnicas de OM, a bengala longa, além de um instrumento, pode ser considerada, em uma análise psicológica de Jung, como um signo da pessoa com deficiência visual, tornando-se uma identificação que evoca o significado na consciência coletiva. Ela é a companheira do dia a dia, possibilitando mobilidade, privacidade, identificação, autonomia, segurança e preservação da integridade física. Segundo Hoffmann, são inúmeros os benefícios da independência locomotora: autoconfiança, integração, contato social, oportunidade de emprego. Aponta-se, também, o aumento da autoestima como benefício da autonomia. É apresentado o equipamento DPS 2000, como inovação tecnológica para facilitar o ir e vir das pessoas com deficiência visual. Conclui-se que a interação das pessoas que enxergam com as pessoas com deficiência visual é simples, sendo um caminho possível de ser percorrido, a partir da mudança atitudinal de cada um. A independência locomotora possibilita a melhoria da autoestima e, consequentemente, da qualidade de vida das pessoas com deficiência visual.



Resumo Inglês:

The article presents some concepts of orientation and mobility (OM) and its applicability in the daily life of society. It points out the importance of ways and techniques of locomotion – clairvoyant guide, self-protection and long cane – so that the visually impaired person can move safely and independently. It cites a list of guidelines on dealing with people with visual impairment, guiding society on attitudes that facilitate their social interaction. Among the various OM techniques, the long cane, in addition to being an instrument, can be considered, in Jung's psychological analysis, as a sign of the visually impaired person, becoming an identification that evokes meaning in the collective consciousness. She is the everyday companion, enabling mobility, privacy, identification, autonomy, security and preservation of physical integrity. According to Hoffmann, the benefits of locomotor independence are numerous: self-confidence, integration, social contact, employment opportunities. It is also pointed out the increase in self-esteem as a benefit of autonomy. The DPS 2000 equipment is presented as a technological innovation to facilitate the coming and going of people with visual impairments. It is concluded that the interaction of people who see with people with visual impairment is simple, being a possible path to be followed, based on the attitudinal change of each one. Locomotor independence makes it possible to improve self-esteem and, consequently, the quality of life of people with visual impairment.



Resumo Espanhol:

El artículo presenta algunos conceptos de orientación y movilidad (MO) y su aplicabilidad en la vida cotidiana de la sociedad. Señala la importancia de las formas y técnicas de locomoción - guía clarividente, autoprotección y bastón largo - para que la persona con discapacidad visual pueda moverse de forma segura e independiente. Cita una lista de pautas para tratar con personas con discapacidad visual, orientando a la sociedad sobre actitudes que faciliten su interacción social. Entre las diversas técnicas de MO, el bastón largo, además de ser un instrumento, puede ser considerado, en el análisis psicológico de Jung, como un signo de la persona con discapacidad visual, convirtiéndose en una identificación que evoca significado en la conciencia colectiva. Ella es la compañera de todos los días, posibilitando la movilidad, la privacidad, la identificación, la autonomía, la seguridad y la preservación de la integridad física. Según Hoffmann, los beneficios de la independencia locomotora son numerosos: autoconfianza, integración, contacto social, oportunidades laborales. También se señala el aumento de la autoestima como beneficio de la autonomía. El equipo DPS 2000 se presenta como una innovación tecnológica para facilitar el ir y venir de personas con discapacidad visual. Se concluye que la interacción de las personas que ven con las personas con discapacidad visual es sencilla, siendo un posible camino a seguir, en función del cambio de actitud de cada uno. La independencia locomotora permite mejorar la autoestima y, en consecuencia, la calidad de vida de las personas con discapacidad visual.



Resumo Francês:

L'article présente quelques concepts d'orientation et de mobilité (OM) et son applicabilité dans la vie quotidienne de la société. Il rappelle l'importance des moyens et techniques de locomotion – guide clairvoyant, autoprotection et longue canne – pour que la personne déficiente visuelle puisse se déplacer en toute sécurité et de manière autonome. Il cite une liste de lignes directrices sur le traitement des personnes ayant une déficience visuelle, guidant la société sur les attitudes qui facilitent leur interaction sociale. Parmi les différentes techniques d'OM, la canne longue, en plus d'être un instrument, peut être considérée, dans l'analyse psychologique de Jung, comme un signe de la personne déficiente visuelle, devenant une identification évocatrice de sens dans la conscience collective. Elle est la compagne de tous les jours, permettant la mobilité, l'intimité, l'identification, l'autonomie, la sécurité et la préservation de l'intégrité physique. Selon Hoffmann, les bénéfices de l'autonomie locomotrice sont nombreux : confiance en soi, intégration, contact social, opportunités d'emploi. Il est également souligné l'augmentation de l'estime de soi comme un bénéfice de l'autonomie. L'équipement DPS 2000 est présenté comme une innovation technologique pour faciliter les allées et venues des personnes déficientes visuelles. Il est conclu que l'interaction des personnes qui voient avec les personnes ayant une déficience visuelle est simple, étant un chemin possible à suivre, basé sur le changement d'attitude de chacun. L'autonomie locomotrice permet d'améliorer l'estime de soi et, par conséquent, la qualité de vie des personnes déficientes visuelles.