Este artigo propõe reflexões sobre propriedade coletiva da terra e autogestão, a partir da experiência da cooperativa habitacional Esperança, Rio de Janeiro. Após um processo de organização e autogestão que durou mais de uma década, foi inaugurada em 2015, com financiamento do programa federal Minha Casa Minha Vida Entidades e é reconhecida como um exemplo virtuoso de construção por autogestão. O artigo se concentra nos impasses e dificuldades para a regularização das moradias que ainda são enfrentadas pelos moradores em 2021, assim como as perspectivas sobre um modelo que propõe a gestão coletiva da terra como alternativa de fortalecimento e solução de pendências jurídicas do grupo.
This article analyzes collective land ownership and self-management based on the experience of the Esperança housing cooperative, Rio de Janeiro. After a process of organization and self-management that lasted over a decade, Esperança was inaugurated in 2015, with funding from the federal program Minha Casa Minha Vida Entidades, and is recognized as a successful example of construction by self-management. The article focuses on the impasses and difficulties in regularizing the housing units, an issue that residents are still facing in 2021. The analysis also looks at the perspectives that establish a collective land-management model as an alternative to strengthen and solve residents' legal pending issues.