Consideramos o metrô como um conjunto de circuitos comunicacionais em que circulam mensagens e pessoas. Os circuitos comunicacionais de um metrô compõem uma superfÃcie de interfaces onde se conjugam constantemente o trabalho da máquina e a agência humana. Examinamos neste trabalho alguns aspectos da experiência de automação integral da condução na Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo. Com a introdução dos novos automatismos, a presença humana é deslocada e redistribuÃda, e, ainda, no caso do piloto humano, suprimida, ensejando um novo regime de interfaces. Com base nos dados etnográficos, analisamos a recepção social destas transformações e exploramos as imbricações entre o técnico e o humano na efetivação desse projeto no contexto das viagens de metrô.