A aderência da pessoa doente é o objetivo do presente estudo, realizado mediante
revisão bibliográfica. A falta de aderência às propostas terapêuticas é problema frequente, com
consequências médicas, sociais e econômicas para as pessoas doentes envolvidas, prestadores
de serviços e sistema de saúde. Nas pessoas com doença renal crônica, em programa regular de
hemodiálise, é possÃvel definir e quantificar a não aderência, concretizada em vários indicadores.
Quanto mais complexo e prolongado é o tratamento proposto, mais frequente é a não aderência.
A não aderência aumenta a mortalidade, a morbilidade e os custos de tratamento. As causas de
não aderência são multifatoriais, em parte relacionadas com a perda de controle sobre a vida
pessoal, com a dependência. A reabilitação da pessoa exige a recuperação possÃvel da
independência, da autonomia, de forma a transformar um receptor passivo de um tratamento
imposto num parceiro ativo de uma intervenção terapêutica. As estratégias propostas envolvem
a negociação com a pessoa doente, uma abordagem personalizada, centrada na mesma,
utilizando modelo biopsicossocial.