Autonomia e desenvolvimento como ideias constitutivas na cooperação entre Argentina e Brasil na área nuclear

Revista Conjuntura Austral

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ISSN: 21788839
Editor Chefe: André Luis Reis da Silva
Início Publicação: 31/07/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciência política

Autonomia e desenvolvimento como ideias constitutivas na cooperação entre Argentina e Brasil na área nuclear

Ano: 2020 | Volume: 11 | Número: 54
Autores: Luiza Elena Januário, Samuel Alves Soares
Autor Correspondente: Luiza Elena Januário, Samuel Alves Soares | [email protected]

Palavras-chave: Autonomia, Desenvolvimento, Argentina, Brasil, Cooperação Nuclear.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo no artigo é analisar o papel das ideias de autonomia e desenvolvimento nas atividades e nos posicionamentos de Argentina e Brasil em matéria nuclear, para compreender os impactos na promoção da cooperação bilateral. O relacionamento entre Argentina e Brasil é historicamente marcado por oscilações entre tônicas de rivalidade e cooperação. No campo nuclear não há diferenças substantivas e foi inicialmente caracterizado por competição e desconfianças, sendo progressivamente alterado para uma postura de aproximação e construção da confiança mútua. Autonomia e desenvolvimento podem ser entendidos como noções presentes nas deliberações realizadas pelos e nos países e que permitiram a identificação de valores e desafios comuns. Autonomia e desenvolvimento serviram como um primeiro eixo de contato para a cooperação em uma temática sensível e relevante na segunda metade do século XX, desde o início dos esforços em matéria de tecnologia nuclear nos anos 1950 até o estabelecimento de um novo patamar para as relações bilaterais no início dos anos 1990.



Resumo Inglês:

The aim of this paper is to analyze the role of the ideas of autonomy and development in the activities and positions of Argentina and Brazil in nuclear matters, to understand the impacts on the promotion of bilateral cooperation. The relationship between Argentina and Brazil has historically been marked by oscillations between rivalry and cooperation. In the nuclear field, there are no substantive differences and were initially characterized by competition and distrust, being progressively changed to a posture of approach and building mutual trust. Autonomy and development can be understood as notions present in the deliberations held by and in countries that allowed the identification of common values and challenges. Autonomy and development served as the first point of contact for cooperation on a sensitive and relevant issue in the second half of the twentieth century, from the beginning of nuclear technology efforts in the 1950s to the establishment of a new level for bilateral relations in the early 1990s from the 1990s.