A hepatite viral C pode causar alterações na mucosa oral, dentária e em glândulas salivares, possivelmente resultantes de infiltração nos tecidos envolvidos ou por mediadores imunológicos, que levam o portador a procurar alimentos mais macios e palatáveis que, se forem ricos em carboidratos simples e açucares, elevam o risco de doenças cardiovasculares (DCV) e metabólicas. O objetivo foi avaliar associação entre o risco de DCV e metabólicas com a autopercepção da saúde bucal e qualidade de vida em pacientes com hepatite C, residentes em Porto Velho, maiores de 18 anos, com ausência de ascite por ultrassonografia recente, atendidos no ambulatório de referência para hepatites. Para avaliar a autopercepção da saúde bucal e impacto na qualidade de vida utilizou-se o questionário de Bortoli et al., (2003) adaptado de Silva et al.,(2001) e a versão simplificada do Oral Health Impact Profile OHIP-14 (Slade, 1997). A avaliação combinada do Índice de massa corpórea com a circunferência abdominal para avaliar risco de doenças cardiovascular e metabólica. Participaram desta pesquisa 31 pacientes, idade 54,8 anos (Max. 69 e Min. 33 anos). A existência de Impacto da saúde bucal na qualidade de vida foi percebida por 42% e a autopercepção da saúde bucal avaliada como ruim-péssima ou regular por 39%. O risco de DCV e metabólica pelo excesso de peso foi identificado em 55%, porém não houve associação deste com a autopercepção da saúde bucal (p valor = 0,9). O impacto foi percebido por mais de um terço da população, razão pela qual o paciente deve ser encaminhado ao cirurgião dentista. Os riscos atribuídos ao excesso de adiposidade foi elevado, mas não associado com a autopercepção da saúde bucal.
Viral hepatitis C can cause changes in the oral, dental and salivary glands, leading the carrier to look for softer and palatable foods that are rich in simple carbohydrates and sugars raise the risk of cardiovascular disease (DCV) and metabolic. The objective was to evaluate the association between the risk of DCV and metabolic with self - perceived oral health and quality of life in patients with hepatitis C, residing in Porto Velho, 18 years, with the absence of ascites by recent ultrasound treated at outpatient reference for hepatitis. To evaluate the self - perception of oral health and impact on quality of life was used the questionnaire Bortoli et al., (2003) adapted from Silva et al., (2001) and the simplified version of Oral Health Impact Profile OHIP - 14 (Slade, 1997). The combined assessment of body mass index with waist circumference to assess risk of cardiovascular and metabolic diseases. They involved 31 patients, age 54.8 years (max. 69 and min. 33 years). The existence of impact of oral health on quality of life was perceived by 42% and the self - perception of oral health assessed as bad or very bad - regular by 39%. The risk of DCV and metabolic by excess weight was identified in 55%, but there was no association with this self – perceived oral health (p value = 0.9). The impact was felt by more than one third of the population, which is why the patient should be referred to the dentist. The risks attributed to excess adiposity was high, but not associated with self - perceived oral health.