Avaliação da acuidade visual em escolares do ensino fundamental da rede pública de Volta Redonda/RJ, entre 2004 e 2008

Ano: 2011 | Volume: 0 | Número: 48

Autores: Luiz Gustavo Abranches Werneck Pereira, Elba Christina Ferrão, Elba Christina Ferrão, Miguel Allemand Zaidan

Palavras-chave: Deficiência visual, prevenção, ambiente escolar.

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é relatar e analisar a prevalência de deficit visual em escolares do ensino fundamental de escolas municipais e estaduais do município de Volta Redonda/RJ; aprimorar o aprendizado dos acadêmicos de medicina por meio da técnica de medida da acuidade visual; e evidenciar a necessidade de melhoria da assistência oftalmológica pela rede pública. Para isso, foi realizada uma revisão de estudos descritivos de delineamento transversal da medida da acuidade visual feitos por acadêmicos de medicina do oitavo período, devidamente treinados, no período de 2004 a 2008. Foram avaliados 3.729 alunos do primeiro ao nono ano de 20 (25,0%) das 80 escolas públicas do ensino fundamental do município de Volta Redonda/RJ, por meio da tabela de Snellen posicionada a 6 m de distância. Da amostra total, 579 (15,5%) apresentaram acuidade visual menor que 0,8. As idades variaram entre cinco e 18 anos. Quanto à correção óptica, 317 (8,5%) alunos usavam óculos ao exame. Questionados se já haviam consultado o oftalmologista, 2.019 (54,1%) disseram que sim. Entre os amétropes, 252 (43,5%) relataram ter cefaleia, 163 (28,2%), ardência ocular, 145 (25,0%), lacrimejamento, e 142 (24,5%), dificuldade visual. O trabalho mostrou que a acuidade visual reduzida foi semelhante a outros estudos com o mesmo objetivo, ou seja, 10 a 20% do contingente etário necessitam de correção óptica; logo, programas de saúde pública devem ser implantados de maneira a detectar precocemente distúrbios visuais em crianças para que elas possam ser devidamente tratadas, desenvolvendo satisfatoriamente suas atividades no meio em que vivem. O trabalho desencadeou, por parte dos acadêmicos, a busca da iniciação científica e, mais importante, interesse em prestar serviços comunitários onde a população não teria acesso, despertando nela a conscientização do valor da boa visão

Resumo Inglês:

The aim of this article is to report and analyze the prevalence of visual impairment in elementary school students from municipal and state schools in the city of Volta Redonda/RJ; improve the learning of medical students through the technique of measuring visual acuity; and highlight the need to improve ophthalmological care by the public network. For this purpose, a review of descriptive cross-sectional studies of visual acuity measurement carried out by properly trained eighth-period medical students from 2004 to 2008 was carried out. .0%) of the 80 public elementary schools in the city of Volta Redonda/RJ, using the Snellen table positioned 6 m away. Of the total sample, 579 (15.5%) had visual acuity lower than 0.8. Ages ranged from five to 18 years. As for optical correction, 317 (8.5%) students wore glasses during the exam. Asked if they had already consulted the ophthalmologist, 2,019 (54.1%) said yes. Among the ametropes, 252 (43.5%) reported having headache, 163 (28.2%), ocular burning, 145 (25.0%), tearing, and 142 (24.5%), visual difficulty. The work showed that reduced visual acuity was similar to other studies with the same objective, that is, 10 to 20% of the age group needed optical correction; therefore, public health programs must be implemented in order to detect visual disturbances in children early so that they can be properly treated, satisfactorily developing their activities in the environment in which they live. The work triggered, on the part of academics, the pursuit of scientific initiation and, more importantly, interest in providing community services where the population would not have access, raising awareness in them of the value of good vision. 
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Resumo Espanhol:

El objetivo de este artículo es informar y analizar la prevalencia de discapacidad visual en estudiantes de primaria de escuelas municipales y estatales de la ciudad de Volta Redonda / RJ; mejorar el aprendizaje de los estudiantes de medicina mediante la técnica de medición de la agudeza visual; y resaltar la necesidad de mejorar la atención oftalmológica por parte de la red pública. Para ello, se realizó una revisión de estudios descriptivos transversales de medidas de agudeza visual por estudiantes de medicina del octavo período debidamente capacitados entre 2004 y 2008. Se evaluó a un total de 3.729 estudiantes del primero al noveno año de 20 (25). .0%) de las 80 escuelas primarias públicas de la ciudad de Volta Redonda / RJ, utilizando la mesa Snellen ubicada a 6 m de distancia. Del total de la muestra, 579 (15,5%) tenían una agudeza visual inferior a 0,8. Las edades oscilaron entre los cinco y los 18 años. En cuanto a la corrección óptica, 317 (8,5%) alumnos utilizaron anteojos durante el examen. Cuando se les preguntó si ya habían consultado al oftalmólogo, 2.019 (54,1%) respondieron que sí. Entre los amétropes, 252 (43,5%) refirieron tener dolor de cabeza, 163 (28,2%) ardor ocular, 145 (25,0%) lagrimeo y 142 (24,5%) dificultad visual. El trabajo mostró que la disminución de la agudeza visual era similar a otros estudios con el mismo objetivo, es decir, del 10 al 20% del grupo de edad necesitaba corrección óptica; por ello, se deben implementar programas de salud pública con el fin de detectar tempranamente las alteraciones visuales en los niños para que puedan ser adecuadamente tratados, desarrollando satisfactoriamente sus actividades en el entorno en el que viven. El trabajo desencadenó, por parte de los académicos, la búsqueda de la iniciación científica y, lo que es más importante, el interés por brindar servicios comunitarios donde la población no tendría acceso, sensibilizando en ellos el valor de la buena visión.

Resumo Francês:

Le but de cet article est de rapporter et d'analyser la prévalence de la déficience visuelle chez les élèves du primaire des écoles municipales et publiques de la ville de Volta Redonda/RJ ; améliorer l'apprentissage des étudiants en médecine grâce à la technique de mesure de l'acuité visuelle; et souligner la nécessité d'améliorer la prise en charge ophtalmologique par le réseau public. A cet effet, une revue des études transversales descriptives des mesures d'acuité visuelle a été réalisée par des étudiants en médecine de huitième période dûment formés de 2004 à 2008. Un total de 3 729 étudiants de la première à la neuvième année de 20 ont été évalués (25 .0%) des 80 écoles primaires publiques de la ville de Volta Redonda/RJ, en utilisant la table Snellen située à 6 m. Sur l'échantillon total, 579 (15,5%) avaient une acuité visuelle inférieure à 0,8. Les âges allaient de cinq à 18 ans. Quant à la correction optique, 317 (8,5 %) étudiants portaient des lunettes lors de l'examen. Lorsqu'on leur a demandé s'ils avaient déjà consulté l'ophtalmologiste, 2 019 (54,1 %) ont répondu oui. Parmi les amétropes, 252 (43,5 %) ont déclaré avoir des maux de tête, 163 (28,2 %), des brûlures oculaires, 145 (25,0 %), des larmoiements et 142 (24,5 %), des difficultés visuelles. Les travaux ont montré que la réduction de l'acuité visuelle était similaire à d'autres études ayant le même objectif, c'est-à-dire que 10 à 20 % de la tranche d'âge avait besoin d'une correction optique ; par conséquent, des programmes de santé publique doivent être mis en œuvre afin de détecter précocement les troubles visuels chez les enfants afin qu'ils puissent être correctement traités, développant de manière satisfaisante leurs activités dans l'environnement dans lequel ils vivent. Les travaux ont déclenché, de la part des universitaires, la poursuite de l'initiation scientifique et, surtout, l'intérêt de fournir des services communautaires là où la population n'aurait pas accès, en les sensibilisant à la valeur d'une bonne vision.