Introdução: O envelhecimento traz consigo várias manifestações fisiológicas, dentre estas a perda de força muscular, assim como a habilidade do músculo para exercer força rapidamente. A partir dos 60 anos de idade esta perda se torna mais severa e é responsável por limitações na funcionalidade, déficits de equilÃbrio e risco de quedas. Objetivo: esta pesquisa teve como objetivo avaliar a força muscular (torque muscular) de flexores e extensores de joelho em indivÃduos idosos socialmente ativos. Participantes: participaram da pesquisa 100 indivÃduos idosos socialmente ativos nas faixas etárias entre 60 e 87 anos de idade, de ambos os sexos, que freqüentavam o Centro regional de Estudos Aplicados a Terceira Idade da Universidade de Passo Fundo-UPF, no municÃpio de Passo Fundo-RS, no perÃodo de março a junho de 2007, sendo excluÃdos do estudo os indivÃduos que apresentavam déficit cognitivo e que não conseguissem realizar flexão de joelho. Metodologia: para a realização desta pesquisa foi utilizado o dinamômetro isocinético Biodex Multi Joint 3, nas velocidades de 120º, 180º e 240º; nos movimentos de flexão e extensão. Inicialmente os participantes realizaram um aquecimento de 5 minutos em bicicleta ergométrica, e após foram submetidos a uma série de três repetições dos movimentos, sendo considerado a média das três repetições. As avaliações aconteceram no Laboratório de Biomecânica da Faculdade de Educação FÃsica e Fisioterapia da Universidade de Passo Fundo-UPF. Resultados: Em nosso estudo foi possÃvel observar que na comparação entre os membros inferiores direito e esquerdo os desequilÃbrios musculares somente ultrapassaram 10 % na amostra com mais de 80 anos, no sexo masculino, o que não podemos considerar devido a esta amostra ser composta somente por dois indivÃduos em cada gênero. Na média do pico de torque dos indivÃduos do sexo masculino é possÃvel verificar a significância do movimento de flexão a 240º com p < 0,03, quando analisada toda a amostra, e nos indivÃduos de 60-69 anos, no movimento de extensão a 120o com p < 0,04. Ao comparar os diferentes gêneros, verifica-se que nos indivÃduos do sexo masculino estão os picos de torque mais elevados. A força muscular (torque muscular) é maior nos indivÃduos do sexo masculino; os músculos extensores do joelho (quadrÃceps) são os mais fortes. Os músculos flexores não apresentam relação entre velocidade e pico
de torque. A presença de doença osteoarticular, principalmente nas mulheres, pode ter influenciado no menor pico de torque destes indivÃduos.