Avaliação da frequência cardíaca à medida de pressão expiratória máxima estática e à manobra de Valsalva em jovens saudáveis

Revista Brasileira De Fisioterapia

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Editor Chefe: 11
Início Publicação: 29/02/1996
Periodicidade: Bimestral

Avaliação da frequência cardíaca à medida de pressão expiratória máxima estática e à manobra de Valsalva em jovens saudáveis

Ano: 2012 | Volume: 16 | Número: 5
Autores:
Autor Correspondente: Aparecida Maria Catai | [email protected]

Palavras-chave: manobra de Valsalva; músculos respiratórios; frequência cardíaca; sistema nervoso autonômico; postura; fisioterapia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

CONTEXTUALIZAÇÃO: A medida de pressão expiratória máxima (PEmáx) possui algumas contraindicações, pois acredita-se que as respostas obtidas nessa medida são similares às respostas encontradas na manobra de Valsalva (MV).
OBJETIVOS: O objetivo principal é avaliar a resposta da frequência cardíaca (FC) durante a medida da PEmáx e da MV em jovens saudáveis, em diferentes posturas, para identificar se e em qual condição a PEmáx reproduz as respostas obtidas na MV e, adicionalmente, estimar o trabalho realizado nas manobras.
MÉTODO: Doze jovens saudáveis foram avaliados, orientados e familiarizados com as manobras. A MV foi composta por um esforço expiratório (40 mmHg) durante 15 segundos contra um manômetro. A PEmáx foi executada segundo a American Thoracic Society. Ambas as medidas foram realizadas nas posturas supino e sentado. Para a análise da variação da frequência cardíaca (∆FC), índice de Valsalva (IV), índice da PEmáx (IPEmáx) e o trabalho estimado das manobras (Wtotal, Wisotime, Wtotal/∆FCtotal e Wisotime/∆FCisotime ), utilizou-se ANOVA two-way com post-hoc de Holm-Sidak (p<0,05).
RESULTADOS: A ∆FC durante as manobras não foi influenciada pelas posturas; entretanto, durante a MV, a ∆FC e os valores do IV foram maiores (supino: 47±9 bpm, 2,3±0,2; sentado: 41±10 bpm, 2,0±0,2, respectivamente) do que a ∆FC e os valores de IPEmáx observados durante a PEmáx (supino: 23±8 bpm, 1,5±0,2; sentado 24±8 bpm, 1,6±0,3, respectivamente) (p<0,001). Os trabalhos estimados das manobras foram estatisticamente diferentes (p<0,001) entre elas, exceto para o Wtotal/∆FC.
CONCLUSÕES: Nas condições estudadas, a PEmáx não reproduz as respostas da FC observadas durante a MV em jovens saudáveis.