Introdução O acidente vascular encefálico (AVE) frequentemente acarreta alterações motoras que afetam a função do sobrevivente, com aumento da dependência para atividades de vida diária (AVDs) e ruptura na interação social, resultando em prejuízos sobre a qualidade de vida (QV). Objetivo Avaliar o desempenho físico, equilíbrio postural e risco de quedas em indivíduos após AVE e verificar a existência de correlações das variáveis com a autopercepção de QV e independência funcional. Métodos Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa e amostra composta por 12 pacientes pós-AVE. Foram utilizados: Protocolo de Desempenho Físico de Fugl-Meyer (FM); Escala de Equilíbrio de Berg (EEB); Escala de Eficácia de Quedas Internacional (FES-I); Stroke Specific Quality of Life Scale (SSQOL); Índice de Barthel modificado (IBm). Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS. Adotou-se p<0,05. Resultados Dos 12 participantes do estudo, sete (58,3%) eram mulheres, com média de idade de 61 anos (±15,7). O hemicorpo afetado era o esquerdo para oito (66,7%) pacientes e o tipo de AVE, hemorrágico para sete (58,3%). As médias das pontuações foram: FM=142 pontos (±42,3), EEB=35,1 pontos (±18,8), FES-I=37,9 pontos (±11.5), SSQOL=157,2 pontos (±36,1) e IBm=40,4 pontos (±4,4). Encontrou-se correlação forte entre SSQOLxEEB (r=0,76;p=0,004) e SSQOLxFES-I (r=-0,93;p<0,001) e correlação moderada entre SSQOLxFM (r=0,63;p=0,028) e SSQOLxIBm (r=0,65;p=0,021). Conclusão Observou-se que o AVE acarreta prejuízo sobre a QV dos indivíduos do estudo, sendo mais evidente quando existe maior limitação dos movimentos. Porém, apesar da limitação física, a maior parte dos indivíduos apresentou dependência ligeira ou moderada, mostrando que com o passar do tempo, ocorre adaptação para realizar as AVDs de forma independente.
Introduction Stroke often entails motor and sensory changes that affect the survivor physical function leading to increased dependence for daily activities, moods changes and breakdown in social interaction, which can result in significant damage in quality of life (QoL). Objective Evaluate physical performance, postural balance, QoL, functional independence and risk of falls in individuals after stroke, check for the variables correlations with self-perception of QoL and functional independence. Methods This is a cross sectional study with a quantitative approach and sample consisted of twelve patients with a diagnosis of stroke. To compose the study data were used: Physical Performance Protocol of Fugl_Meyer (FM); Berg Balance Scale (BBS); Falls Efficacy Scale International (FES-I); Stroke Specific Quality of Life Scale (SSQOL); Modified Barthel Index (BI). Was adopted p>0,05. Results Among the twelve participants in the study, seven (58,3%) were women and the average age was 61 years (±15,7). The hemibody affected was the left for eight (66,7%) patients and the hemorrhagic type of stroke for seven (58,3%). The average total of FM was 142 points (±42,3), BBS was 35,1 (±18,8) and FES-I was 37,9 points (±11,5), SSQOL was 157,2 points (±36,1) and BI was 40,4 points (±4,4). The results of the statistical analysis of the questionnaires showed strong correlation between SSQOLxBBS (r=0,76;p=0,004) and SSQOLxFES-I (r=-0,93;p>0,001) and moderate correlation between SSQOLxFM (r=0,63;p=0,028) and SSQOLxBI (r=0,65;p=0,021), respectively. Conclusion It was observed that stroke causes damage on the QoL if individuals interviewed in the study and this is more evident when is a bigger limitation of movement. However, despite the physical limitations the majority part on individuals had mild or moderate dependence, showing that over time occurs an adaption of hemiparetic individual to perform activities of daily living independently