Avaliação da hidrofobicidade e da formação de biofilme em poliestireno por Salmonella Heidelberg isoladas de abatedouro avícola
Acta Scientiae Veterinariae
Avaliação da hidrofobicidade e da formação de biofilme em poliestireno por Salmonella Heidelberg isoladas de abatedouro avícola
Autor Correspondente: Laura Beatriz Rodrigue | [email protected]
Palavras-chave: salmonella, biofilme, hidrofobicidade, poliestireno
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Bactérias do gênero Salmonella são consideradas a principal causa de infecções alimentares em humanos associadas
a produtos avÃcolas, na maioria dos paÃses. São capazes de formar biofilmes em diferentes superfÃcies, dificultando sua
eliminação por procedimentos de limpeza e sanificação na indústria de alimentos. Estudos demonstram uma melhor adesão
microbiana com o aumento da hidrofobicidade, tanto da superfÃcie celular como do substrato de adesão. Neste trabalho,
avaliou-se a formação de biofilme em placas de poliestireno por S. Heidelberg isoladas de abatedouros avÃcolas, cultivadas em
caldo TSB com diferentes concentrações de glicose e a hidrofobicidade destas cepas na fase logarÃtmica (4h) e na fase
estacionária (24h) do crescimento bacteriano. No caldo TSB sem suplementação de glicose, todas as amostras foram capazes
de formar biofilme, sendo duas amostras fortemente formadoras de biofilme, e a maioria fracamente formadora. Nos caldos TSB
com 0,5, 1,0 e 1,5% de glicose, todas as amostras foram fracamente formadoras. Nos caldos TSB com 2,0 a 4,0% de glicose,
várias amostras apresentaram-se não formadoras e as demais fracamente formadoras. Após a incubação a 36ºC por 4 horas, o
Ãndice de hidrofobicidade foi inferior a 10%, com todas as amostras sendo altamente hidrofÃlicas. Na incubação a 36ºC por 24
horas, os resultados foram distintos, sendo 1/16 altamente hidrofóbica, 9/16 com média hidrofobicidade e 6/16 altamente
hidrofÃlicas. As S. Heidelberg foram capazes de formar biofilmes no poliestireno, enfatizando a necessidade da sua verificação
em outras superfÃcies, além de avaliar outros hidrocarbonetos e tempos de incubação relacionados aos Ãndices de hidrofobicidade.
Resumo Inglês:
Bacteria of the genus Salmonella are regarded as the major cause of food poisoning in humans, being associated
with the consumption of poultry products in most countries. These bacteria can produce biofilm on different surfaces, and
consequently, cleaning and sanitation procedures used in the food industry cannot remove them easily. Studies have shown
that bacterial adhesion improves as hydrophobicity (both of the cell surface and of the adhesion substrate) increases. The
present study assessed biofilm formation on polystyrene plates by S. Heidelberg strains isolated from poultry slaughterhouses,
grown on TSB at different glucose concentrations, and the hydrophobicity of these strains in the logarithmic phase (4h) and
in the stationary phase (24h) of bacterial growth. In TSB without glucose supplementation, all strains produced biofilm; two
of them were strong biofilm producers, and most of them were weak biofilm producers. In TSB with 0.5, 1.0 and 1.5% dof
glucose, all strains were weak biofilm producers. In TSB with 2.0 to 4.0% of glucose, several strains did not produce biofilm,
whereas others were weak biofilm producers. After incubation at 36ºC for 4 h, the hydrophobicity index was less than 10%, and
all strains were highly hydrophilic. Incubation at 36ºC for 24h yielded different results: 1 out of 16 strains was highly
hydrophobic, 9 out of 16 were moderately hydrophobic and 6 out of 16 were highly hydrophilic. S. Heidelberg strains formed
biofilm on polystyrene, which underscores the necessity to verify biofilm formation on other surfaces, in addition to investigating
other hydrocarbons and incubation times in relation to hydrophobicity indices.