AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA OPERACIONAL FONOLÓGICA E IMPULSIVIDADE DE USUÁRIOS DE DROGAS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRADA À SAÚDE MENTAL

Revista Cefac

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Editor Chefe: Esther Mandelbaum Gonçalves Bianchini
Início Publicação: 31/05/1999
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Fonoaudiologia

AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA OPERACIONAL FONOLÓGICA E IMPULSIVIDADE DE USUÁRIOS DE DROGAS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRADA À SAÚDE MENTAL

Ano: 2012 | Volume: 14 | Número: 3
Autores: Luciana Lopes Silva Costa, Ana Luiza Gomes Pinto Navas, Christian Cesar Cândido Oliveira, Lilian Ribeiro Caldas Ratto, Kamila Helena Prior de Carvalho, Helio Rodrigues da Silva, Cristiane Lopes, Carla Andréa Tieppo
Autor Correspondente: Luciana Lopes Silva Costa | [email protected]

Palavras-chave: memória de curto prazo, comportamento impulsivo, transtornos relacionados ao uso de substâncias, drogas ilícitas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: avaliar a memória operacional fonológica e relacionar com a impulsividade de pacientes em tratamento no Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental.
MÉTODO: 29 usuários: 21 do gênero masculino e 8 do feminino, usuários de substâncias psicoativas, com 37,9±10,5 anos de idade e 10,59±3,53 anos de escolaridade; e 30 voluntários: 19 do gênero masculino e 11 do feminino, com 32,4±11,9 anos de idade e 11,07±3,29 anos de escolaridade, sem histórico psiquiátrico ou de dependência química foram convocados à avaliação de: 1) memória operacional para palavras e pseudo-palavras; 2) impulsividade em seus fatores de segunda ordem (impulsividade atencional, motora e de não planejamento).
RESULTADOS: o desempenho dos usuários de substâncias psicoativas na avaliação da memória em comparação ao grupo controle foi pior tanto no span auditivo de palavras e pseudo-palavras como também no número total de recordação de palavras e pseudo-palavras. Na avaliação da impulsividade, os usuários apresentaram escores elevados em contraposição aos sujeitos controle em todos os subtipos de impulsividade, inclusive no total. Na análise de correlação dos dados não foram encontradas relações entre os escores de impulsividade e memória.
CONCLUSÃO: : este padrão de respostas indica comprometimento da memória operacional fonológica provavelmente independente do alto nível de impulsividade apresentado pelos usuários de drogas. Estas análises contribuem para propor estratégias de tratamento direcionadas às alterações detectadas.



Resumo Inglês:

PURPOSE: to evaluate the phonological working memory abilities and check possible influences of impulsivity in patients just included in treatment at the program for Alcohol and Drug users at the Center for Integrated Mental Health Care of Irmandade da Santa Casa de Misericordia de São Paulo (ISCMSP –CAISM-SP, Portuguese initials).
METHOD: 29 patients: 21 males and 8 females, drug users, 37,9 ± 10.5 years old, 10.59 ± 3.53 years of schooling; And 30 volunteers: 19 males and 11 female, 32,4 ± 11,9 years old and 11.07 ± 3.29 years of schooling, without psychiatric history or substance abuse participated freely. The individuals were asked to attend the specific evaluation, aiming to assess: 1) phonological working memory for words and pseudowords, 2) impulsivity in its second order factors (attentional impulsiveness, motor and non-planning).
RESULTS: performance in the evaluation of phonological working memory of the individuals of drug users group compared to the control group showed a reduction in both, auditory word and pseudowords span , as well as the total number of correct words and pseudowords recall. In the evaluation of impulsivity, the group of drug users showed higher scores comparing to control individuals in all subtypes of impulsivity, including the total score of impulsivity. There were no correlations between impulsivity scores and word and/or pseudowords span.
CONCLUSION: this pattern of responses indicates impairment in verbal working memory processing and high level of impulsivity in this population of chronic drug users. The poor performance of chronic drug users on tests of phonological working memory is probably not due to increased impulsivity observed. The present results could helptreatment strategies planning focused on the detected changes.