A percepção ambiental, baseada no conhecimento tradicional, de uma comunidade ribeirinha do nordeste do Brasil, foi investigada como forma de avaliar os impactos das atividades locais e sua relação com os processos ambientais. O Rio Magu está localizado na parte rural oeste do Maranhão com sua desembocadura fluindo no Rio Santa Rosa, um tributário do Rio Parnaíba. O estudo consistiu da aplicação de questionários a 174 usuários de três dos mais relevantes municípios (Araioses, n=93, Água Doce, n=41 e Santana, n=39). Foram valorizadas as observações espontâneas dos entrevistados com o objetivo de levantar a história de uso e a situação ambiental da bacia hidrográfica. Atividades educativo-interativas, relacionadas à gestão da bacia, foram adotadas para traçar a percepção ambiental e a sensibilização da comunidade na forma de um diagnóstico participativo apoiado por mobilização popular. O diagnóstico evidenciou baixo desenvolvimento sócio-econômico local com atividades essencialmente domésticas e de subsistência. A comunidade possui bom entendimento do impacto das atividades humanas no ambiente, entretanto, esta percepção não tem sido suficiente para levar ao manejo adequado dos recursos locais.
The environmental perception, based on traditional knowledge, of a riverine community on notheastern Brazil was investigated in order to evaluate local activities impacts and their relation with environmental processes on the river basin. Magu River is located on the rural westwern part of Maranhão, with this mouth flowing to Santa Rosa River, a tributary of Parnaíba River.The study comprised the application of a questionnaire to 174 users of the three most relevant river basin municipalities (Araioses, n=93, Água Doce, n=41 and Santana, n=39). Spontaneous observations of the interviewers was valued with the aim to raise the history of the use and the environmental situation of the river basin. Educationalinteractive activities related to the basin management were adopted to trace the environment perception and the community sensibilization as participative diagnosis and popular mobilization. The diagnosis showed low socio-environmental development, with essentially domestic and subsistence activities. The community has good understanding of the impact of such activities on the environment, but this was not sufficient to change behaviour in order to handle adequately the local resources.