Objetivo: Avaliar a qualidade de obturações endodônticas executadas por estudantes em atividades laboratoriais da Disciplina de Endodontia de curso de graduação em Odontologia, comparando a avaliação por especialista e acadêmicos, além da influência do uso de magnificação. Métodos: Um especialista e três acadêmicos avaliaram radiograficamente as obturações de 100 dentes unirradiculares humanos extraídos. A qualidade da obturação foi avaliada em três parâmetros: limite apical, homogeneidade e conicidade, estratificados em escores (E) 0, 1 e 2. E0 e E1 corresponderam a acentuado e leve desvio da normalidade, respectivamente e E2, ao padrão-ouro. De acordo com a somatória dos escores atribuídos, a obturação foi classificada em perfeita (PF), satisfatória (ST) ou deficiente (DF). Assim, com três escores E2: obturação PF; dois escores E2: obturação ST; um ou nenhum escore E2: obturação DF. A avaliação da qualidade geral das obturações foi considerada pela ótica do observador experiente, demonstrado em análise descritiva. As comparações entre avaliações do especialista e dos acadêmicos foram realizadas pelo teste Kappa ponderado. As avaliações realizadas por acadêmicos (com 15 dias de intermitência entre elas) adotando-se diferentes magnificações (sem magnificação, com 2x e 3,5x de aumento) foram conduzidas pelo teste T pareado (p<0,05). Resultados: As obturações foram classificadas em PF, ST e DF em 10, 27 e 63% dos casos, respectivamente. A concordância entre avaliação por acadêmicos e especialista variou entre 0,127 e 0,417. Já com relação ao emprego de magnificação na avaliação entre acadêmicos, podem-se observar maiores desvios e índices de deficiência quando o aumento de 2x foi utilizado. Considerações finais: A maioria das obturações foi considerada deficiente, sendo a homogeneidade o padrão radiográfico melhor avaliado.