Avaliação da Síndrome de Burnout entre estudantes do último ano de um curso de medicina do Brasil

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Editor Chefe: Orfa Yineth Galvis-Alonso
Início Publicação: 31/12/2001
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Avaliação da Síndrome de Burnout entre estudantes do último ano de um curso de medicina do Brasil

Ano: 2019 | Volume: 26 | Número: 1
Autores: Monique Sâmara Freire Máximo Prado; Nathalia Marques Norte; Iracema Gonzaga Moura de Carvalho; Ivone Félix de Sousa; Rogério José de Almeida
Autor Correspondente: Rogério José de Almeida | [email protected]

Palavras-chave: Educação médica; Estudantes de medicina; Esgotamento Profissional.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: Estudantes de medicina estão cada vez mais suscetíveis ao desenvolvimento de agravos relacionados à saúde mental. Um importante agravo que deve ser investigado durante a formação médica é a Síndrome de Burnout. Sintomas próprios da síndrome, como a exaustão emocional, muita das vezes não são reconhecidos com tal, podendo agravar o quadro já instalado no estudante. Objetivo: Avaliar a ocorrência da Síndrome de Burnout no período de formação profissional dos graduandos do último ano de um curso de medicina. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa realizada por meio de questionário sociodemográfico e pelo Instrumento de avaliação de BurnoutMaslach Burnout Inventory for students (MBI-SS)”, aplicados aos acadêmicos do último ano de um curso de medicina da cidade de Goiânia, Goiás, Brasil. Foi confeccionado um banco de dados, sendo realizadas análises descritivas, teste t de Student e o teste de análise de variância (ANOVA). Resultados: Foram pesquisados 81 estudantes do último ano do curso de medicina, sendo  42% do sexo masculino e 58% do sexo feminino. Um total de 67,9% tinha idade entre 21 e 25 anos, eram solteiros (95,1%), com baixo envolvimento religioso (38,3%) e praticavam atividade física regularmente (71,6%). Os escores da escala MBI-SS foram respectivamente: exaustão emocional (4,21±1,063), descrença (3,02±1,402) e satisfação pessoal (4,28±0,885). As análises demonstraram que aqueles que participaram de iniciação científica tiveram uma melhor satisfação pessoal (4,73±0,78) e menor escore em relação à descrença (3,43±1,27). Aqueles que tiveram experiência de doença grave pessoal apresentaram escore mais alto em exaustão (4,50±0,71). Conclusão: Os alunos pesquisados não apresentaram escores que indicam a ocorrência da Síndrome de Burnout. Os escores apresentaram-se moderados em exaustão emocional e descrença, mas altos em satisfação pessoal, não caracterizando assim a síndrome neste grupo de alunos. Diante da relevância dos resultados apresentados, é importante que as instituições de ensino voltem sua atenção à questão da prevalência da Síndrome de Burnout em acadêmicos de medicina