A utilização de plantas para estabilização de solos caracteriza-se como uma técnica de baixo custo
quando comparado com as grandes obras de bioengenharia. Desta forma, o capim vetiver (Vetiveria zizanioides)
apresenta-se como uma boa opção de planta pioneira na reabilitação e estabilização de solos pois possui uma
enorme capacidade de sobreviver à secas prolongadas uma vez que suas raÃzes atingem uma enorme profundidade
(até 3 m), lhe proporcionando retirar água do solo mesmo nas épocas de estiagem. Além disso, apresentam
grande capacidade na estabilização de solos sujeitos a processos erosivos e com déficit nutricional, aumentando o
poder de agregação do solo. Neste sentido o objetivo do presente trabalho foi avaliar a sobrevivência e desenvolvimento
de mudas de capim vetiver (V. zizanioides) em raÃzes nuas e produzidas em saquinhos de polietileno
plantadas em diferentes espaçamentos, visando-se futuros projetos de proteção de encostas com esta gramÃnea.
O experimento foi realizado na fazenda escola do IFSULDEMINAS – campus Inconfidentes, MG, em uma encosta
experimental, com declividade média de 30° e rampa de 6 m. Foram avaliados 2 tipos de mudas de capim vetiver
(raÃzes nuas e produzidas em saquinhos de polietileno) e 9 diferentes espaçamentos. Os parâmetros mensurados
foram a taxa de sobrevivência das mudas 60 dias após o plantio; altura e diâmetro ao nÃvel do solo das plantas no
perÃodo de 150 à 270 dias após o plantio. Concluiu-se que: i) a taxa de sobrevivência, o diâmetro ao nÃvel do solo
e a altura das plantas de vetiver não é influenciada pelo espaçamento de plantio; ii) as plantas provenientes de
mudas de vetiver produzidas em saquinhos de polietileno apresentam taxa de sobrevivência e diâmetro ao nÃvel
do solo superior à quelas plantadas diretamente no campo (raÃzes nuas); e iii) mudas produzidas em raÃzes nuas
inicialmente apresentam menores valores de altura, entretanto após certo perÃodo de tempo estas mudas atingem
valores similares ou maiores que os apresentados por mudas produzidas em saquinhos de polietileno.
The use of plants for soil stabilization is characterized as a low cost technique compared to the great works
of bioengineering. Thus, the vetiver grass shows itself as a good choice of pioneer plant in the rehabilitation and soil
stabilization, as it has a great capacity to survive prolonged drought because its roots reach an enormous depth of
3m permiting it to remove water from ground even in times of drought, besides they have a high capacity to stabilize
soil erosion or suffering nutritional deficits, increasing the power of soil aggregation. In this sense the purpose of
this study is to evaluate the survival and development of seedlings of vetiver grass (Vetiveria zizanioides) in bare
root and grown in polyethylene bags planted at different spacings, aiming future projects to protect the slopes with
this grass. The experiment was conducted at the school IFSULDEMINAS - campus Inconfidentes/MG/Brazil in an
experimental slope of 30 degrees and ramp of 6 m. It was planted two types of seedlings of vetiver grass (bare rooted
and grown in polyethylene bags) and 9 different spacings. The measured parameters were the survival rate of
seedlings 60 days after planting, height and diameter at ground level of the plants in the period of 150 to 270 days
after planting. It was concluded that: i) the survival rate, diameter at ground level and plant height of vetiver is not influenced by plant spacing. ii) the plants from seedlings
of vetiver grown in polyethylene bags have survival rate
and diameter at ground level higher than those planted
directly in the field (bare root) and iii) seedlings grown in
bare root initially have lower values of height, however
after a certain period of time these seedlings reach similar
or higher values than those submitted by seedlings
grown in polythene bags.