A toxoplasmose é uma zoonose com distribuição mundial cuja prevalência está entre 15 a 80%. Os principais mecanismos de transmissão do Toxoplasma gondii incluem a ingestão de carne crua ou mal cozida, que contenha cistos teciduais, bem como a ingestão de água ou alimentos contaminados com oocistos esporulados. A maior parte dos indivÃduos é assintomática ou apresenta um quadro clÃnico inespecÃfico, sendo assim a infecção toxoplásmica aguda primária passa quase sempre despercebida. Por isso, a sua detecção é geralmente baseada na sorologia de rotina. A sorologia tem sido o método de escolha para o diagnóstico da toxoplasmose. Este trabalho teve como objetivo avaliar três metodologias utilizadas no diagnóstico da toxoplasmose com a finalidade de avaliar a possibilidade do uso da hemaglutinação indireta como método de triagem no diagnóstico da toxoplasmose. Para o presente estudo foram realizadas as técnicas sorológicas: ensaio imunoenzimático (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay - Elisa), hemaglutinação indireta (HAI) e reação de imunofluorescência indireta (RIFI). Foram analisadas amostras de soro de 191 indivÃduos, oriundos do estado do Rio de Janeiro. Ao considerarmos o resultado positivo, em pelo menos uma das três metodologias estudadas observamos que 134 (71%) indivÃduos eram soro reagentes e 57 (29%) não reagentes. A técnica que apresentou um maior Ãndice de positividade foi a HAI (68%) seguida de Elisa (60%) e RIFI (51%), respectivamente. As técnicas que apresentaram o maior percentual de copositividade foram Elisa e HAI (60,5%) e a menor entre Elisa e RIFI (47%). Verificou-se que a HAI foi o método que detectou o maior número de amostras positivas quando comparado aos resultados sorológicos obtidos nos outros dois métodos (Elisa e RIFI). Vale ressaltar que para obter um resultado mais confiável seria aconselhável a utilização de mais de uma técnica de diagnóstico sorológico.