A violência infantil é considerada uma das causas mais importantes para a morbimortalidade na infância. Este problema deve ser identificado por qualquer profissional que esteja em contato direto com a criança no seu cotidiano, em especial os professores de educação infantil. Este estudo transversal objetivou verificar o conhecimento de professores de Escolas Municipais de Ensino Básico (EMEBS) do município de Araçatuba, São Paulo, sobre violência intrafamiliar contra crianças. O instrumento de análise utilizado foi um questionário semiestruturado e, previamente, testado. O universo amostral deste estudo foi composto por 84 professores, pertencentes a 10 EMEBS. Os resultados foram analisados no programa Excel e mostraram que a maioria dos participantes definiu violência contra criança como violência física e psicológica (52,4%). Ao serem questionados quanto ao preparo para identificar abusos, 67,9% disseram ter obtido informações a respeito de violência contra a criança durante sua formação acadêmica, todavia apenas 19% dos participantes se sentiam totalmente capazes de identificar abusos em menores. 20,2% da amostra mencionaram ainda não se sentir responsável por esse tipo de notificação. Logo, o conhecimento das equipes pedagógicas do ensino infantil sobre violência contra criança ainda é bastante deficitário. São sugeridas medidas que estimulem a busca pelo conhecimento e atualização destes profissionais.
The child violence is considered one of the most important causes of morbimortality in childhood. This problem must be identified by any professional who is in direct contact with a child in their daily lives, especially the school teachers. This cross-sectional study aimed to verify the knowledge of municipal school’s teachers of Araçatuba, São Paulo State, on family violence against children. The analysis instrument was a semi-structured questionnaire, which was previously tested. The sample universe of this study consisted of 84 teachers belonging to 10 municipal schools. The results were analyzed in the Excel program and they showed that most participants defined violence against children as physical/psychological violence (52.4%). When they were asked about the preparation to identify abuses, 67.9% said they have obtained information about violence against children during their academic training, though only 19% of the participants felt fully able to identify abuse in minors. 20.2% of the sample mentioned that they still do not feel completely responsible for this type of notification. Thus, the child rearing teaching staff knowledge on violence against children is still quite deficient. It is therefore suggested, it is suggested some attitudes to encourage the pursuit of knowledge as well as the update of these professionals.