A expansão radial e a sustentação da parede do
vaso pelos stents melhoraram os resultados da angioplastia
coronária por balão. Entre as caracterÃsticas dos stents mais
contemporâneos destacam-se a redução da espessura de
suas hastes e plataformas com novos desenhos, mas não
está claro se essas modificações podem resultar em próteses
de menor força radial e suscetÃveis a recolhimento elástico,
especialmente em evoluções muito tardias. Este estudo
teve como objetivo investigar se ocorre recolhimento elástico
tardio em duas gerações de stents farmacológicos (SFs)
em avaliação por ultrassom intracoronário (USIC) seriado
a longo prazo. Métodos: O estudo avaliou 25 pacientes
com lesões coronárias únicas, de novo, tratados com SFs
(12 CypherTM e 13 BioMatrixTM) e submetidos a USIC
pós-procedimento e 4-6 meses e 4-5 anos após o implante.
Foram comparados os volumes dos stents no perÃodo compreendido
entre o procedimento Ãndice e os reestudos de
médio e longo prazos. O recolhimento elástico do stent
foi definido como diminuição > 10% do volume Ãndice do
stent. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo
masculino (52%), com média de idade de 58,8 + 7,6 anos,
e 28% eram diabéticos. O volume do stent Ãndice, objetivo
primário deste estudo, foi de 7,7 + 1,5 mm³/mm no
pós-procedimento, de 7,7 + 2,1 mm³/mm aos 4-6 meses,
e de 7,8 + 1,6 mm³/mm aos 4-5 anos, com variação tardia
de -0,02 + 1,6 mm³/mm (P = 0,97). A variação a longo
prazo do volume do stent Ãndice foi de 0,13 + 1,8 mm³/mm
(1,7%) para o stent CypherTM e de -0,05 + 1,3 mm³/mm
(-0,6%) para o stent BioMatrixTM (P = 0,78). Conclusões: A
avaliação invasiva seriada por meio do USIC mostrou que
SFs de aço inoxidável, de diferentes gerações, não demonstraram
evidência de recolhimento elástico a longo prazo.
Radial expansion and vessel wall scaffolding
properties of stainless steel stents have improved the outcomes
of coronary balloon angioplasty. Thinner struts and
new platform designs are characteristic of more contemporaneous
stents, but it is not clear whether these changes may
result in devices with less radial strength, susceptible to
elastic recoil, especially in the very late follow-up. This study
was aimed at assessing late stent recoil in two generations
of drug-eluting stents (DES) using serial intravascular ultrasound
(IVUS) analysis. Methods: Twenty-five patients
with single de novo coronary lesions, treated with DES (12
CypherTM and 13 BioMatrixTM), were included and serial IVUS
analysis was performed after stent implantation and at
4-6-months and 4-5 years of follow-up. Stent volume index
was compared between the procedure and the mid and
long-term follow-ups. Stent recoil was defined as a decrease
> 10% of the stent volume index. Results: Most of the
patients were male (52%), with mean age of 58.8 + 7.6 years,
and 28% were diabetic. Stent volume index, the primary
objective of this study, was 7.7 + 1.5 mm³/mm post-procedure,
7.7 + 2.1 mm³/mm at 4-6 months and 7.8 + 1.6 mm³/mm at
4-5 years, with a delta of -0.02 + 1.6 mm³/mm (P = 0.97). The
long-term delta stent volume index was 0.13 + 1.8 mm³/mm
(1.7%) for the CypherTM stent and -0.05 + 1.3 mm³/mm (-0.6%)
for the BioMatrixTM stent (P = 0.78). Conclusions: Serial IVUS
analysis showed that stainless steel DES of different generations
did not show evidence of long-term elastic recoil.