Este trabalho teve como objetivo avaliar dois modelos de desdobro (radial e tangencial) de madeira de Eucalyptus cloeziana e Eucalyptus saligna, numa serraria portátil, para se eleger o qual proporciona maior rendimento em madeira serrada. Para o estudo, foram selecionadas aleatoriamente 24 árvores com 27 anos de idade, sendo 12 árvores de cada espécie e divididas em duas classes diamétricas: 30-34,5 cm e 35-39,5 cm. As árvores foram derrubadas e traçadas em toras de 3,4 m de comprimento, sendo produzidas tábuas de 25 mm de espessura nominal. Os resultados obtidos demostraram que, para as duas classes diamétricas de espécies, o modelo de desdobro tangencial obteve melhor desempenho em relação ao desdobro radial, em termos de rendimento. Pode-se concluir-se que o Eucalyptus cloeziana obteve melhores rendimentos, com maior destaque para o modelo de desdobro tangecial em relação ao modelo radial. Estas espécies, nas condições estudadas, têm potencial para ser uma fonte alternativa e segura para produção de madeira serrada, substituindo algumas espécies nativas, ora sob pressão, em Moçambique.