Avaliação do uso de extratos vegetais para controle da hemoncose em ovinos naturalmente infectados

Revista Ambiente E Água

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ISSN: 1980993X
Editor Chefe: Nelson Wellausen Dias
Início Publicação: 31/07/2006
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Multidisciplinar

Avaliação do uso de extratos vegetais para controle da hemoncose em ovinos naturalmente infectados

Ano: 2017 | Volume: 12 | Número: 2
Autores: Matheus Diniz Gonçalves Coêlho, Thalyta Baldim Xavier, Jaqueline Fabiana da Costa, Lucas Tobias Rodrigues Maciel, Lilian Saito Ormachea Bozo, Francine Alves da Silva Coêlho, Gokithi Akisue
Autor Correspondente: Matheus Diniz Gonçalves Coêlho | [email protected]

Palavras-chave: Haemonchus contortus; medicamentos fitoterápicos; ovinos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A ovinocultura no Brasil tem sido considerada uma importante prática econômica. Entretanto, há alguns problemas relacionados com esta prática, dentre os quais se destaca a hemoncose. Haemonchus contortus é tido como o principal helminto parasita de ovelhas, considerando-se o fato de ser o único hematófago direto, podendo causar anemia, perda de peso, edema submandibular, baixa qualidade da carne e da lã e óbito de uma grande porcentagem do rebanho. Atualmente, opta-se pelo tratamento alopático para controle da hemoncose, porém, devido ao uso repetitivo, observa-se desenvolvimento crescente de resistência. Neste sentido, a fitoterapia tem se destacado como uma alternativa promissora. Sendo assim, no presente trabalho objetivou-se avaliar a atividade anti-parasitária de três extratos vegetais: extratos hidroalcoólicos obtidos por percolação de Lepidium didymum e Momordica charantia, e extrato aquoso de Tagetes minuta. Animais da raça santa Inês foram triados para identificação de espécimes parasitados e separados em quatro grupos com seis animais cada, sendo um grupo controle sem tratamento, e os demais tratados com 200 mg/dia (5 mg/kg de peso corpóreo) com os três extratos, durante 5 dias. Após o tratamento foi realizada determinação de OPG (ovos por grama de fezes) pelo método MacMaster com modificação. Observou-se que o os animais dos grupos tratados com os extratos de L. didymum e M. charantia apresentaram redução significativa (p<0,05) do número de OPG observado, portanto, esses extratos podem ser úteis no tratamento da hemoncose ovina.



Resumo Inglês:

Sheep husbandry is considered an important economic practice in Brazil. However, there are problems associated with this practice. Haemonchosis stands out among these, and is known among sheep farmers for being a difficult disease to treat. Haemonchus contortus is considered the main helminth parasite of sheep, due to the fact that it is the only direct blood-sucking parasite, which can cause anemia, weight loss, submandibular swelling (mumps), low quality of meat and wool, and death of a large percentage of the herd. Currently, the predominant treatment is allopathic medicines, but resistance is increasing due to their repetitive use. In this sense, herbal medicine has emerged as a promising alternative. This study therefore aimed to evaluate the in vivo anti-parasitic activity of three plant extracts: hydroalcoholic extracts obtained by the percolation of Lepidium didymum and Momordica charantia and aqueous extract of Tagetes minuta. Animals of the Santa Inês breed were screened to identify parasitized specimens and separated into four groups of six animals each. One was used as an untreated control group, and the others were treated with 200 mg/day (5 mg/kg body weight) of the three extracts for 5 days. After treatment, EPG (eggs per gram of feces) was determined by the Mac Master method with modification. The animals in the groups treated with extracts of L. didymum and M. charantia showed a significant reduction (p <0.05) of EPG. These extracts may therefore be useful in the treatment of sheep haemonchosis.