OBJETIVO: caracterizar o potencial evocado auditivo de tronco encefálico e de longa latência em pacientes pós traumatismo cranioencefálico, comparando-os com indivÃduos normais. MÉTODO: estudo clÃnico transversal realizado com 20 indivÃduos audiologicamente normais divididos em dois grupos pareados por idade e sexo: a) 10 indivÃduos que sofreram traumatismo cranioencefálico (grupo pesquisa); b) 10 indivÃduos sem qualquer tipo de alteração neurológica (grupo controle). Foram submetidos à avaliação audiológica básica, ao potencial evocado auditivo de tronco encefálico e ao potencial evocado auditivo de longa latência (P300). RESULTADOS: observou-se no potencial evocado auditivo de tronco encefálico, latências absolutas das ondas I, III e V e intervalo interpico I-III mais prolongados no grupo pesquisa do que no grupo controle, sendo estatisticamente significante para as latências absolutas das ondas I e III à direita e para a onda III e intervalo interpico I-III à esquerda. A amplitude das ondas I, III e V na orelha direita e das ondas III e V na orelha esquerda foram maiores no grupo controle. Em relação ao P300, o grupo pesquisa apresentou maior latência e menor amplitude em ambas as orelhas, sem significância estatÃstica, quando comparado ao grupo controle. CONCLUSÃO: indivÃduos que sofreram traumatismo cranioencefálico apresentam alterações no potencial evocado auditivo de tronco encefálico e não apresentam diferenças significantes no potencial evocado auditivo de longa latência (P300) quando comparados a indivÃduos sem lesões cerebrais.
PURPOSE: this study aimed to characterize brain stem auditory evoked potential and long latency auditory evoked potential in patients that suffered head trauma. METHOD: transverse clinical study performed on twenty normal hearing individuals divided in two groups paired for age and gender: a) ten individuals who suffered head trauma (trauma group); and b) ten individuals with no type of neurological alteration (control group). The individuals underwent a basic hearing evaluation as well as brain stem auditory evoked potential and long latency auditory evoked potential (P300) tests. RESULTS: on the brain stem auditory evoked potential, more prolonged absolute latencies of Waves I, III and V and the I-III inter-peak interval were found in the trauma group in comparison with the control group, with statistically significant differences with regard to the absolute latencies of Waves I and III in the right ear and both Wave III and the I-III inter-peak interval in the left ear. The amplitude of Waves I, III and V in the right ear and Waves III and V in the left ear were higher in the control group. Regarding P300, the trauma group displayed greater latency and lesser amplitude in both ears comparing with the control group, with no statistical significance. CONCLUSION: individuals that suffered head trauma display alterations in the brain stem auditory evoked potential and do not display significant differences with regard to long latency auditory evoked potential (P300) when compared to individuals with no brain injury.