Introdução: nas últimas décadas, dois fatos têm sido constantemente relatados na literatura, o aumento de mulheres em idade reprodutiva com o diagnóstico de câncer e o aumento de idade das primÃparas. Esses fatos têm estimulado estudos sobre estratégias de preservação da fertilidade feminina. Objetivos: avaliar, por meio de esfregaço vaginal e estudo morfológico, a viabilidade funcional do tecido ovariano transplantado. Métodos: foram usadas 30 ratas Wistar albinus, com função hormonal preservada, distribuÃdas aleatoriamente em seis grupos: G1. Controle – laparotomia; G2. Ooforectomia bilateral; G3. Ooforectomia bilateral, com implantação de um ovário Ãntegro na região femoral; G4. Ooforectomia bilateral, com implantação de um ovário fatiado na região femoral; G5. Ooforectomia bilateral, com implantação de um ovário Ãntegro no grande epiplon; G6. Ooforectomia bilateral, com implantação de um ovário fatiado no grande epiplon. Com 35 e 120 dias de pós-operatório, foram feitos esfregaços vaginais e retirada, para estudo morfológico, dos ovários transplantados. Com 150 dias, os grupos G3 a G6 foram submetidos a novo esfregaço vaginal. Resultados: todos os animais do grupo G1 apresentaram função hormonal. Todo o grupo G2 manteve-se em diestro. No grupo G3, quatro animais tinham padrão compatÃvel com a fase estral no esfregaço de 35dias e um animal manifestou ovulação com 120 dias. No grupo G4, apenas um animal permaneceu em diestro pós-transplante. No G5 todos tinham ovário funcionante. No grupo G6, quatro apresentaram função hormonal com 35 dias e apenas três com 120 dias. Todos os esfregaços de 150 dias foram classificados como diestro Conclusões: o transplante autólogo de ovários é tecnicamente viável e a utilização do esfregaço vaginal para avaliar a função hormonal desse ovário também é viável, em ratas.